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Em meio ao desgaste com seus próprios aliados no Senado, o Palácio do Planalto tem intensificado o contato com senadores para defender a indicação do professor de Direito Luiz Edson Fachin para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O jurista do Paraná será sabatinado na próxima semana pelos senadores na Comissão de Constituição e Justiça, principal colegiado da Casa. Se aprovado, seu nome ainda terá de passar por votação secreta no plenário.

Luiz Edson Fachin: governo em campanha pelo professor.Cesar Machado/Gazeta do Povo

O governo teme que o clima político contamine a discussão sobre a escolha do advogado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e aliados já colocaram em dúvida a aprovação do nome do jurista. Dilma teria escalado o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para fazer a articulação a favor de Fachin.

Nesta terça-feira (28), após evento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Cardozo negou que exista uma preocupação com uma eventual retaliação de aliados na votação de Fachin, mas reconheceu o empenho para garantir a aprovação do nome. O ministro não deu detalhes sobre os contatos com políticos nem respondeu se já conversou com Renan sobre o caso, mas disse que o Senado terá autonomia para decidir.

“Nós temos dialogado com vários senadores para prestar os esclarecimentos e as informações necessárias. E para transmitir a percepção de que vários juristas e ministros do Supremo aplaudem a indicação de Fachin. Isso está sendo transmitido aos senadores que, evidentemente, decidirão com autonomia a partir das informações que estarão colocadas à disposição”, disse. Para Cardozo, não há episódios que coloquem a indicação de Fachin em risco. “O professor Fachin tem conduta ilibada e irretocável. Não tem nenhum fato que pudesse dizer que ele tenha praticado conduta indevida”, disse.

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