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O PMDB planeja entrar no eventual segundo mandato de Lula não apenas com mais e melhores ministérios, mas também com uma bancada na Câmara robustecida pelos órfãos da cláusula de barreira. O comando governista do partido estima que cerca de 80 dos 513 deputados serão eleitos por siglas que não cumprirão as exigências da legislação para receber dinheiro do fundo partidário e ter tempo de televisão.

O caminho natural da maioria dos deserdados seria uma grande legenda com acesso às bondades do Executivo: o PMDB. Com isso, o partido espera romper a barreira dos cem deputados, o que o deixaria em condições de exigir do presidente não mais essa ou aquela pasta, e sim o comando de áreas inteiras do governo.

Na mira – O PMDB, que deu de ombros quando Lula lhe ofereceu o Planejamento, agora sonha com a pasta em 2007. Mais o BNDES.

Direto e claro – Nas conversas para tratar do espaço no segundo mandato, o PMDB governista é franco: diz que quer ser para Lula o que o PFL foi para FHC. Fagocitose – A dificuldade em obter apoio petista a seus candidatos competitivos não é o único fator a incomodar o PC do B e o PSB. As duas siglas concluíram que o plano do PT, Lula à frente, é aproveitar a peneira da cláusula de desempenho para absorvê-las. Pode esperar – Quem conhece Lula acha que não sairá de graça para Eduardo Campos ter mantido o PSB fora da aliança formal com o presidente, que assim se viu privado de dois minutos na tevê. Uma pluma – Depois de se envolver em confusão ao comentar o peso de Ronaldo, Lula considerou que a seleção brasileira esteve "leve" contra o Japão. A aliados, apontou Juninho Pernambucano como o melhor em campo. Janela – A coordenação de campanha de Geraldo Alckmin discute formas de expor o candidato até o início da propaganda na tevê sem ferir as restrições impostas pela minirreforma eleitoral. Uma das medidas será espalhar minioutdoors, de 4x4 m, em terrenos particulares, o que é permitido pela lei. Ruído – Em visita ao interior de Alagoas, um deputado foi abordado por uma eleitora, que lhe perguntou: "A oposição mudou de candidato?". Diante da resposta negativa, ela insistiu: "Mudou, sim! Antes era um tal de Alqui. Agora é um tal de Geraldo".

No muro – Como em outros estados, a ordem em Alagoas é não nacionalizar a campanha. Para ter o apoio de Renan Calheiros (PMDB), o tucano Teotônio Vilela Filho deve moderar críticas a Lula, detentor de mais de 60% da intenção de voto local. Transgênico – Outra tendência nos Estados são acordos brancos entre candidatos ao governo e ao Senado. No Amazonas, o governador Eduardo Braga (PMDB) fez chapa com o correligionário Gilberto Mestrinho. Nos bastidores se entende com o ex-ministro Alfredo Nascimento (PL), candidato ao Senado.

Superpoderosas – Os pefelistas se apavoram diante da possibilidade de a deputada Luci Choinacki (PT-SC) se eleger senadora para formar dupla com Ideli Salvatti. A líder petista se diverte: "Perto da ‘Polaca’, eu sou light". Intensivão – Comunicado da direção do Senado fixou o horário do expediente na terça, dia de jogo do Brasil, das 8h30 às 11h30. Para disfarçar a semifolga, o texto avisa que, nessas três horas, a Casa trabalhará "ininterruptamente". Substituto – O deputado estadual Renato Simões (SP) ocupará o lugar de Bruno Maranhão na Executiva do PT. Preso por comandar a invasão à Câmara, o líder do MLST tem seu caso analisado pela Comissão de Ética do partido.

TIROTEIO

* Do secretário-geral do PT, Raul Pont, que tentou em vão colocar na pauta do Diretório Nacional, na sexta, a avaliação imediata de eventuais punições internas para os mensaleiros do partido:

– Pesquisas mostram que o eleitor petista é o mais crítico em relação à crise. O adiamento da discussão pode desestimular a militância.

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