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O comandante geral da Polícia Militar do Rio, coronel Hudson de Aguiar, entregou placas de honra ao mérito, nesta segunda-feira, no salão nobre do Quartel Central da Corporação, aos 21 policiais militares que atuaram na prisão do menor de idade que confessou ter assassinado a socialite Ana Cristina Johannpeter, de 58 anos, morta na noite da quarta, no Leblon. Segundo o coronel, a polícia fez o seu papel e a atuação dos policiais deve servir como exemplo para os demais. Após a cerimônia de condecoração, o Comando Geral da PM entregou também cinco novos carros que serão utilizados no policiamento do 23º BPM (Leblon), para reforço do policiamento entre o Leblon e Ipanema.

A Polícia Civil já deu por encerradas as investigações sobre o assassinato da socialite e faz buscas para prender os dois cúmplices do menor de idade. O adolescente X., de 17 anos, que tinha sido apreendido por policiais militares um dia depois do crime, é apontado como o autor do disparo. A polícia espera prender a qualquer momento Marcelo de Mello Valério, de 21, o Bino, e um outro menor, também de 17 anos. Ambos participaram do crime. A fotografia de Bino foi divulgada no Sistema de Informação de Justiça e Segurança Pública (Infoseg).

Segundo a polícia, no dia do crime, os dois menores e Bino saíram da Cruzada São Sebastião, às 19h, para assaltar. Ana Cristina, que estava com a filha Manuela Giannini Pacheco, foi surpreendida pelos bandidos na esquina das avenidas General San Martin e Afrânio de Mello Franco. Marcelo teria sido o responsável por abordar a vítima. Já o outro menor, que ainda está foragido, vigiava uma possível aproximação da polícia. Os três assaltantes usavam duas bicicletas. Em seu último depoimento, X. admitiu ter mentido quando apontou outro adolescente como o atirador.Identificada dona da arma usada pelo menor

A Polícia Civil já identificou uma mulher, que seria parente ou amiga do menor que atirou em Ana Cristina, como dona da arma usada no crime, um revólver calibre 38. Segundo o chefe da Polícia Civil, Ricardo Hallack, a mulher mora na Cruzada São Sebastião. Também já foram expedidos mandados de busca e apreensão para o menor e de prisão temporária para o maior envolvido no assassinato, ambos foragidos.

Durante o depoimento na delegacia, o menor que atirou na socialite não demonstrou arrependimento pelo assassinato. Segundo a polícia, ele é sobrinho de um traficante da Cruzada São Sebastião. O adolescente morava no conjunto com os avós paternos. Há informações de que a mãe do menor é paralítica - ela teria sido baleada na coluna, - e mora em Duque de Caxias.

Conforme relatos do menor apreendido, Marcelo bateu no vidro do carro da vítima e exigiu o relógio. O adolescente atirou porque teria se irritado porque o carro de Ana Cristina andou, enquanto ela tirava o relógio. Segundo Hallack, a filha da socialite não foi ferida também porque ela se abaixou para pegar uma bolsa no chão do carro. Durante a entrevista coletiva, o delegado José Alberto Lage fez questão de esclarecer que o Mercedes-Benz só foi desmontado pela concessionária após a perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

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