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“Não digo se abrimos ou não abrimos [mão do Ministério das Comunicações]. Estamos conversando sobre essa composição. A ideia é o Paulo Bernardo, que é um grande ministro, e tudo isso depende de como estará essa substituição de Comunicações por outro ministério. ”
Michel Temer, vice-presidente eleito | Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
“Não digo se abrimos ou não abrimos [mão do Ministério das Comunicações]. Estamos conversando sobre essa composição. A ideia é o Paulo Bernardo, que é um grande ministro, e tudo isso depende de como estará essa substituição de Comunicações por outro ministério. ” Michel Temer, vice-presidente eleito| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Cota peemedebista

Quem está e o que o partido cobiça no ministério de Dilma:

Governo Lula

Agricultura

Wagner Rossi

Virou ministro da Agricultura por indicação de Michel Temer. Deve permanecer no cargo por apoio do vice e da bancada.

Minas e Energia

Edison Lobão

Tornou-se ministro de Minas e Energia por indicação da família Sarney. Dilma gostou do seu trabalho e vai nomeá-lo de novo, na cota do Senado.

Defesa

Nelson Jobim

Continuará ministro, mas a pasta deixará de administrar a aviação civil e PMDB não o considera como cota do partido.

Integração Nacional

Pedro Sanguinetti Ferreira

Assumiu neste ano, com a saída de Geddel Vieira Lima, mas deve sair, já que a pasta vai para a cota do PSB.

Saúde

José Gomes Temporão

Embora indicado pelo partido, não tem relações políticas com o PMDB e sairá do ministério.

Comunicações

José Artur Filardi Leite

Assumiu com a saída de Hélio Costa, que candidatou-se ao governo de MG; pasta vai para Paulo Bernardo, do PT.

Governo Dilma

Cobiçados

Cidades – Moreira Franco

Saúde – Sérgio Côrtes

Transportes – sem nome

Aviação Civil – sem nome

Confirmados

Agricultura – Wagner Rossi

Minas e Energia – Edison Lobão

Defesa – Nelson Jobim

Menos de 24 horas depois de ter sido indicado e anunciado como o escolhido para o Ministério da Saú­­­de da presidente eleita, Dilma Rousseff, o médico ortopedista Sér­­­gio Côrtes viu seu nome revogado do cargo em meio a uma crise política envolvendo o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e a ban­­­cada peemedebista na Câma­­­ra. Ca­­bral era o padrinho da indicação, que não foi acatada nem pelo vice de Dilma, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), nem pela bancada.Dilma ficou irritada com o que chamou de "precipitação" no anúncio de nomes do ministério. Em reunião realizada ontem com médicos, no Centro Cultural Banco do Brasil – sede da equipe de transição –, Dilma afirmou que os nomes para essa área ainda não foram definidos. "Eu queria deixar claro para vocês que ainda não escolhi o meu ministro da Saúde", disse ela, diante de uma plateia formada por nomes de peso, como o cardiologista Adib Jatene. "Ainda não escolhi meu ministro. Mas ele honrará a tradição de [José Gomes] Temporão e Adib Jatene", acrescentou Dilma.

"O anúncio precipitado do nome de Côrtes fez com que ele provavelmente tenha dormido ministro e acordado sem a pasta", resumiu o deputado paranaense Rodrigo Rocha Loures. Em reunião da bancada do PMDB, as lideranças do partido na Câmara bateram o martelo e rejeitaram apoiar o nome de Côrtes, atual secretário de Saúde do Rio de Janeiro, para o ministério de Dilma. Se a presidente quisesse ficar com Côrtes, teria de contabilizá-lo no ministério como nome da "cota pessoal".

Foi o próprio Cabral quem, no Rio, anunciou formalmente a suposta escolha de Sérgio Côrtes para a cadeira hoje ocupada por Temporão na Saúde. "Foi feito o convite por mim, em nome da presidente, e ele aceitou", disse o governador na tarde de terça-feira. O governador se reuniu com Dilma na segunda-feira à noite, na Granja do Torto. Na ocasião, ela disse a Cabral que a indicação de Côrtes precisaria passar pelo crivo do PMDB na Câmara e no Senado.

Em conversas reservadas, integrantes da equipe de transição disseram que Cabral quis "criar um fato consumado" e acabou causando desconforto político na aliança governista. Temer também não escondeu a contrariedade com o anúncio de Côrtes porque nem sequer participou da reunião entre Dilma e Cabral. Além disso, a cúpula do PT descobriu que há uma série de denúncias contra o secretário de Saúde fluminense.

Denúncias

Na Assembleia Legislativa do Rio, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSol) pediu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suspeita de corrupção na Saúde, como superfaturamento na compra de equipamentos e em contratos de manutenção de serviços terceirizados. Na justificativa para o pedido de CPI, Freixo disse que há "indícios graves de irregularidades no processo de licitação".

Ontem, Temer contou que o governador Cabral telefonou para dizer que foi a presidente eleita quem lhe pediu que indicasse um técnico para a pasta da Saúde e que, portanto, ele preencheria uma vaga da cota pessoal de Dilma.

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