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O vice-presidente Michel Temer irá novamente reeditar a dobradinha na chapa de Dilma | Romério Cunha/VPR
O vice-presidente Michel Temer irá novamente reeditar a dobradinha na chapa de Dilma| Foto: Romério Cunha/VPR

Coligação

Com ressalvas, PDT também vai apoiar a reeleição da presidente

Das agências

Assim como o PMDB, o PDT também deve formalizar hoje, em convenção nacional, o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). E, do mesmo modo que ocorre com os peemedebistas, os pedetistas também pretendem marcar posição contra algumas propostas defendidas pelo PT para um eventual segundo mandato de Dilma. Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, o partido não concorda, por exemplo, com a revisão da Lei de Anistia nem com a regulação dos meios de comunicação. A convenção do PDT será realizada em Brasília e o partido espera a presença de Dilma.

A convenção nacional do PMDB deve referendar hoje a aliança nacional com o PT para reeleger a presidente Dilma Rousseff. Lideranças do partido acreditam que a imensa maioria dos delegados votem pela manutenção da chapa, com o vice-presidente Michel Temer repetindo a dobradinha com Dilma. As lideranças peemedebistas afirmam, porém, que em um eventual segundo mandato de Dilma, a relação com o PMDB será diferente, com mais cargos e voz no governo.

"Em 2015 queremos um espaço mais justo, que enseje maior colaboração do PMDB e maior participação nas políticas públicas", disse recentemente o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). "O PMDB terá um papel mais proeminente", afirma o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, único paranaense membro da Executiva Nacional do partido.

Para Rocha Loures, o PMDB vai defender posições próprias no novo governo, mesmo que isso signifique bater de frente com o PT. "Somos contra qualquer regulação ou decreto limitador para a imprensa", diz o ex-deputado. A regulação da mídia é uma bandeira petista que acabou engavetada no primeiro mandato de Dilma. A presidente, porém, já teria avisado o PT de que pretende apoiar algumas mudanças em um segundo mandato. Entre elas estaria a determinação de que os meios de comunicação não possam ser objeto de monopólio ou oligopólio e que a produção e a programação de rádios e tevês devem atender aos princípios de produção regional e independente.

A condução da política econômica é outro ponto em que o PMDB pretende ser ouvido. "O PMDB é o fiador da aliança para as entidades empresariais. Temos sido muito procurados", diz Rocha Loures, sinalizando que a legenda poderia desempenhar um papel de bastião pró-mercado diante de uma provável guinada à esquerda do próximo governo.

Futuro

Ao mesmo tempo em que busca mais espaço na relação com PT, o PMDB pretende chegar a 2018 trilhando um caminho independente. Segundo Rocha Loures, a ideia do partido é sair com candidato próprio na próxima disputa presidencial. "Para isso temos de formar lideranças. Queremos eleger muitos governadores e recuperar a maior bancada da Câmara dos Deputados, que hoje é do PT."

É esse olhar futuro que, aposta Rocha Loures, vai levar o partido a optar pela candidatura própria no Paraná. "A leitura da base é de que se o PMDB se coligar com PSDB [do governador Beto Richa], o partido fica encolhido para as eleições municipais de 2016. É preciso alguém que levante a bandeira do 15 [número do PMDB] agora."

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