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Principal adversário do PSDB nas urnas em 2006, o PMDB também sofre um processo de inchaço desde janeiro desse ano. O partido elegeu 120 prefeitos, mas já contabiliza 210 e hoje controla mais da metade dos 399 municípios paranaenses. Quando o governador Roberto Requião (PMDB) assumiu o Palácio Iguaçu, em 2003, o PMDB tinha 90 prefeitos. Na Assembléia Legislativa, a bancada de 12 deputados aguarda o ingresso de mais 5 parlamentares.

Para o vice-presidente do PMDB do Paraná, deputado estadual Nereu Moura, o crescimento do partido é mais significativo em relação ao PSDB porque está atraindo integrantes de várias legendas, alguns até fortes adversários, vindos do PFL e do próprio PSDB. A legenda também está abonando a entrada de prefeitos aliados do PTB, PPS e PT.

No caso da adesão de cerca de 500 integrantes do PSB no ninho tucano, Nereu Moura não considera novidade porque já pertencem ao mesmo grupo político. "O PSB já é parte integrante do PSDB e foi um dos únicos partidos que não apoiou Requião no segundo turno", disse.

Na leva das novas filiações o PMDB já fez convite para cinco deputados estaduais: Geraldo Cartário (PP), César Seleme (PP), Natálio Stica (PT), Jocelito Canto e Mauro Moraes, ambos sem partido. A intenção é eleger 20 deputados na eleições de 2006.

Para Nereu Moura, o PMDB se fortaleceu através do bom desempenho do governo do estado, o que credencia o partido a concorrer até sem alianças. "Esse crescimento nos dá capilaridade e podemos até disputar a eleição com chapa puro sangue. Temos condições de competividade pelas gorduras que o PMDB adquiriu nesse período de governo", disse.

O deputado Alexandre Curi considera natural que prefeitos procurem o partido que está no governo, depois de oito anos fora do poder. Na última terça-feira, mais oito prefeitos se filiaram. "E posso garantir que não existe qualquer tipo de pressão para isso. Ninguém está condicionamento as filiações à liberação de obras para as prefeituras", garantiu.

Apesar de consideradas as principais forças que devem se confrontar na eleição para governador – o PMDB com Roberto Requião e o PSDB numa aliança com o PDT do senador Osmar Dias – lideranças do partido não descartam uma coligação entre os dois partidos, caso a aliança seja definida nacionalmente.

Segundo Nereu Moura, embora pareça improvável, a união não seria tão complicada. A avaliação é que sete dos nove deputados estaduais do PSDB já votam com o governo e duas das principais lideranças tucanas – o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão e o prefeito Beto Richa – tem bom relacionamento com Requião. O deputado argumenta ainda que muitos tucanos são oriundos do PMDB.

A tese, no entanto, não parece tão fácil de ser colocada em prática. A união resultaria em colocar no mesmo palanque o governador, o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, que é líder da oposição na Assembléia Legislativa e o senador Alvaro Dias, que disputou a última eleição para o governo contra Requião.

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