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O PMDB do Paraná está decidido a fechar uma aliança com o PSDB ou com o PDT para tentar aumentar as chances de reeleição do governador Roberto Requião (PMDB) e enfraquecer a oposição. A fórmula foi defendida ontem pelo presidente do PMDB do Paraná, Dobrandino da Silva, que estaria mantendo conversas com os dois partidos que hoje fazem oposição ao governo do estado.

A decisão do PMDB nacional de não lançar candidato próprio a presidente da República, anunciada depois de convenção no fim de semana, liberou o partido nos estados para correr atrás das alianças. No Paraná, o apoio do PDT ou do PSDB seria decisivo para Requião. "Com certeza um dos dois estará conosco na campanha e a eleição já seria definida no primeiro turno", afirma Dobrandino da Silva.

Seguindo o raciocínio dos peemedebistas, uma aliança com o PSDB, que se apresenta como principal suporte para a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) a governador, acabaria com os planos da oposição. Em contrapartida, acomodaria os tucanos. Segundo Dobrandino, o PSDB poderia indicar o presidente da Assembléia, Hermas Brandão, como candidato a vice-governador na chapa de Requião e o senador Alvaro Dias disputaria a reeleição.

A aproximação com os tucanos também seria facilitada, na interpretação do dirigente, porque a tendência da maioria do PMDB do Paraná é apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) a presidente da República. O apoio nacional, segundo Dobrandino, seria uma motivação a mais para os dois partidos disputarem juntos o governo do estado.

No caso de uma aliança do PMDB com o PDT, a avaliação do grupo governista é de que o caminho para barrar a candidatura de Osmar Dias seria mais curto. De acordo com Dobrandino, o senador continuaria cumprindo seu mandato e quem ocuparia a vaga de vice de Requião seria alguém do PDT, indicado por Osmar Dias.

No fim de semana, surgiram especulações de que o vice-presidente do PDT do Paraná, Augustinho Zucchi, um dos mais próximos ao senador, teria sido convidado para ser candidato a vice-governador na chapa do PMDB. Tanto Zucchi como a direção do PMDB negam o convite. "O que posso dizer é que o vento está soprando para uma composição e o caminho está se abrindo para que um deles (PSDB ou PDT) venha para o nosso lado", disse Dobrandino.

Na manga

Se não for possível uma aliança, o PMDB tem outros planos. O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) abriria mão do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e disputaria a reeleição. "Não estamos desesperados e se esgotar todas as possibilidades temos o Pessuti como uma carta na manga", diz Dobrandino.

Para o vice-presidente estadual do PMDB, deputado estadual Nereu Moura, a coligação sonhada é com o PDT, por ser um partido "mais próximo ideologicamente". Se o governo conseguir puxar os pedetistas, ele estima que "automaticamente" também deve atrair para a aliança o PSDB e o PFL.

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