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Policiais militares de todo o estado devem acompanhar a segunda discussão do projeto de lei do governo estadual que garante o reajuste de salário para a categoria. A votação será realizada na tarde desta segunda-feira (22) na Assembleia. Os policiais reclamam que o projeto acaba privilegiando os oficiais, que ganhariam um reajuste maior que os praças, os soldados que fazem serviços nas ruas. Quando o governo enviou o projeto à Assembleia houve protestos em alguns quartéis de Curitiba.

O governador Roberto Requião (PMDB) ameaçou prender e demitir os policiais militares que continuassem fazendo manifestações. Os PMs são proibidos por lei de fazer qualquer tipo de paralisação ou greve. Mulheres e familiares dos policiais tentaram manter o movimento, mas houve dificuldades de articulação e as manifestações enfraqueceram.

Nesta segunda-feira também serão votados os projetos do Executivo estadual que preveem aumento para as carreiras de policiais civis, investigador de polícia, escrivão e papiloscopistas. O índice de aumento será de 22% a 77% para a Polícia Civil, depende do cargo ocupado. Os deputados também fazem a segunda discussão do aumento de 5% para todos os servidores estaduais.

Polêmica de salários

Alguns policiais militares não concordaram com o aumento proposto pelo governo. "Os aumentos salariais ficariam em R$ 150 para os praças e em R$ 3 mil para os oficiais. Os praças ficaram indignados", disse um policial militar que pediu para não ser identificado. Na hierarquia da Polícia Militar, os praças são os policiais que atuam nas ruas, ou seja, os soldados, cabos, sargentos e subtenentes. Já os oficiais são os que possuem patentes de tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel.

Para a cúpula da PM houve um desencontro de informações entre os policiais, o que gerou o descontentamento. Segundo o projeto apresentado pelo governo, o reajuste para os policiais militares será aplicado em quatro fases e chegará a 34%, variável de acordo com o posto ou graduação do policial. De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo, o reajuste para os policiais em início de carreira será de 25,6%. Em valores absolutos haverá um acréscimo de R$ 471,44.

O projeto também incorpora ao soldo (vencimento base inicial da categoria) todas as gratificações fixas que são somadas a ele para a composição da remuneração. Atualmente, o soldo vigente – de R$ 338,63 - representa uma pequena parcela do total da remuneração básica de um policial, seja qual for o posto que ele ocupa, segundo o governo.

Das quatro fases de implantação do projeto de reajuste, a primeira está prevista para ocorrer no mês que vem. Assim, a partir de abril, o soldo do policial de primeira classe, atualmente em R$ 338,63, terá incorporadas as quatro gratificações fixas vigentes (risco de vida, gratificação PM especial, gratificação curso e indenização de representação) e subirá para R$ 1.873,74.

A segunda fase de aumento ocorrerá quando for aplicado o reajuste geral ao funcionalismo. Nela, o soldo inicial do policial de primeira classe será corrigido para R$ 1.967,43. Para a terceira e quarta fases haverá outro reajuste de 17% sobre o soldo inicial.

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