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O candidato da oposição à presidência da Câmara, José Tomás Nonô(PFL-AL), já tem agora o apoio formal de seis partidos: PFL, PSDB, PPS, PV, PDT e Prona. Mesmo com a manutenção da candidatura de Alceu Collares (PDT-RS), o PDT formalizou na tarde desta terça-feira o apoio a Nonô. Na saída da reunião, o pefelista disse que sua percepção é de que estará no segundo turno com o candidato do governo, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Com liberação de emendas e esforço concentrado de ministros e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Nonô disse que não pode subestimar a força do governo. Mas alfinetou:

- Eu na presidência da Câmara poderia dar muito mais apoio ao governo do que os áulicos (palacianos) , os subservientes e os fisiológicos.

Nonô admitiu que os pequenos partidos estão reivindicando que, na votação da reforma política, ele defenda a redução do percentual das cláusulas de barreira - de 5% para 2% de representação federal - para os partidos que continuarão com legendas. Mas reafirmou que não se comprometeu em defender a mudança, apenas de colocar em votação quando der.

- O que me foi pedido é que no momento adequado se colocasse em votação, mas isso vale para todas as matérias. Vou agir como magistrado atendendo ao chamamento dos partidos - disse Nonô.

Ele voltou a dizer que não há motivos para Lula temer sua eleição, pois não pretende encaminhar um pedido de impeachment descabido e abrir assim uma crise colossal no país.

- Essa é uma visão paranóica. Tem gente que não sai de casa com medo de lhe cair um avião na cabeça. Não posso fazer nada. Sou filho de deputado cassado, já tive de correr para Portugal quando a polícia de Pernambuco quis fazer buraco na minha roupa, e o problema é que era comigo dentro. Mas não esperem de mim nenhuma atitude que não seja com base na Constituição e nos parâmetros jurídicos - disse Nonô, ao lado dos dirigentes do PSDB, PV, PFL, PDT, PPS e Prona.

Sobre a ação maciça do governo para promover a candidatura Aldo, ele disse que considera normal.

- Continuo respeitando a posição do presidente Lula. Quem entra nesse tipo de disputa não espera um caminho de rosas ou refresco dos adversários. Mas volto a repetir: o que posso dizer ao presidente Lula é que jamais me moverá o sentimento do antagonismo na presidência.

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