Polícia acha refinaria que produzia até meia tonelada por mês de cocaína na Rocinha

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Uma refinaria de cocaína com capacidade de produção de até 500 quilos da droga por mês foi encontrada por agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil no alto da Favela da Rocinha, nesta quinta-feira. Segundo a polícia, a refinaria funcionava na localidade conhecida como Cachopa, no alto do morro. Mais de 150 policiais civis de sete delegacias especializadas fazem operação na favela.

Segundo o delegado titular da Core, Rodrigo Oliveira, a droga refinada no local era enviada para todas as favelas domindas pela mesma facção criminosa da Rocinha. O chefe da refinaria, um traficante que seria conhecido como Shumacher ou Português, teria sido preso pelos policiais. Desde o início da operação, não houve registro de tiroteios.

Antes, por volta das 10h30m, policiais saíram da favela com uma bolsa que teria, de acordo com informações da polícia, 50 kg de maconha apreendidos. Também foi apreendida grande quantidade de munição para fuzil numa casa abandonada no final da Rua do Valão.

Na chegada à favela, as equipes subiram por vários acessos da comunidade e bandidos soltaram fogos. Toda a Rocinha foi cercada. O helicóptero da Polícia Civil apóia a operação, que conta também com um veículo blindado.

O deslocamento do comboio policial provocou problemas no trânsito na Zona Sul pela manhã. O tráfego chegou a ser interditado na Auto Estrada Lagoa-Barra, na pista sentido Leblon. Apenas uma faixa lateral foi liberada aos motoristas. O Túnel Zuzu Angel ficou fechado por cinco minutos.

Alvo na quarta-feira: Cantagalo/Pavão-Pavãozinho

Na véspera, a Polícia Militar fez uma operação nos morros do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, em Ipanema e Copacabana, para encontrar os responsáveis pelo assalto a um prédio na Rua Piragibe Frota Aguiar, em Ipanema . Houve violento confronto entre policiais e traficantes, com seis suspeitos presos e dois jovens mortos . Um cabo do Bope, o Batalhão de Operações Especiais da PM, ficou ferido após explosão de uma granada arremessada por um bandido, segundo a polícia. Um morador acusou homens do Bope de torturá-lo e contou que pelo menos um dos mortos não era bandido.