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A Polícia Federal (PF) prendeu, no último sábado (25), um casal com 13 kg de cocaína no Aeroporto Internacional de Brasília. Um exame detalhado do material revelou que Patrícia Venlund Araújo, de 22 anos, e Edílson Pereira do Carmo, 36, transportavam a droga em placas parecidas com borracha, usadas na confecção de uma mala.

Esta é a primeira vez que a Polícia Federal do DF apreende droga camuflada desta forma. Informações do serviço de inteligência da PF levaram os agentes aos suspeitos.

Os dois embarcavam para São Paulo, e de lá seguiriam a Paris, o destino final da droga. Segundo a PF, o casal teria sido contratado por US$ 5 mil e já havia repetido o esquema anteriormente, por outro itinerário.

A droga não foi confirmada no momento da abordagem. Mas como a polícia tinha certeza da denúncia, Patrícia Araújo e Edílson Pereira fizeram exames em um hospital para eliminar a suspeita de a cocaína ter sido ingerida.

"Os policiais trouxeram a mala para a superintendência e liberaram o pessoal, porque não encontramos material que desse sustentação a uma prisão. Mas eles foram acompanhados por policiais de maneira discreta, sem perceber", conta a superintendente da Polícia Federal do DF, Valkíria Teixeira.

Carvão para camuflar

Só um exame mais detalhado, cujo laudo foi divulgado nesta terça-feira (28), tornou possível detectar a cocaína. Para a surpresa dos agentes, a droga foi transformada em placas parecidas com borracha, usadas na confecção da mala. O primeiro teste feito pelos peritos não acusou a presença de cocaína porque a mistura com outros componentes químicos distorceu o resultado.

O aspecto de borracha é obtido misturando a cocaína a carvão ativo e a uma substância gelatinosa. O carvão, responsável pela cor preta, disfarça o cheiro.

A PF apreendeu, neste ano, 176,3 kg de cocaína no Distrito Federal, enquanto em todo o ano passado foi registrado um total de 176,5kg. Patrícia Araújo e Edílson Pereira foram levados à Superintendência da PF e podem pegar de 5 a 12 anos de prisão por tráfico de drogas.

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