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Policiais civis da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (DRAE) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), com apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de um helicóptero, fizeram operação na manhã desta quarta-feira no Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Pelo menos três pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Houve tiroteio com bandidos perto da Rua Sá Ferreira, nas imediações da favela, segundo informou a Rádio CBN, porque os agentes foram recebidos a tiros ao chegar. Por volta das 10h ocorreu nova troca de tiros.

Policiais militares ficaram na entrada da favela, na Rua Saint Roman, em Copacabana. Enquanto se aproximavam dos bandidos, os policiais captavam pelo rádio ameaças: "Vou jogar uma granada na sua boca, rapaz", disse um traficante. Participaram da operação 150 policiais das três delegacias especializadas.

No Morro da Mineira, no Catumbi, Zona Norte, onde houve na terça-feira tiroteio que parou a região, o policiamento foi reforçado por tempo indeterminado .

Comércio fechado no fim de março

No dia 24 de março, um sábado, o comércio amanheceu fechado nas proximidades do Morro Pavão-Pavãozinho. O motivo foi a morte, na véspera, do traficante Robson Roque da Cunha, o Caveirinha. Por ordem do tráfico, algumas lojas e bares em vias como a Rua Sá Ferreira e a Avenida Nossa Senhora de Copacabana não abriram as portas. Caveirinha comandava o tráfico nos morros Chapéu Mangueira , no Leme, e Pavão-Pavãozinho. Ele foi morto durante confronto entre policiais e traficantes na Favela do Dique, em Vigário Geral.

Integrante da quadrilha que seqüestrou o empresário Roberto Medina, em 1990, Caveirinha, de 40 anos, tinha sido condenado a 46 anos e seis meses de prisão por dois crimes: seqüestro e homicídio. O bandido saiu do presídio Edgar Costa, em Niterói, após receber, em janeiro, o benefício de visitar a família. E não voltou. O benefício, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), foi concedido pelo juiz auxiliar da Vara de Execuções Penais (VEP), Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo. Caso a prisão de Caveirinha tivesse sido decretada pela 39ª Vara Criminal, com base na investigação da 12ª DP (Copacabana), o bandido não poderia ter recebido o benefício da Justiça.

Citado nos grampos como R. ou chefe, Caveirinha orientava o bando por meio de bilhetes entregues a advogados e a parentes, quando era visitado na prisão. Na época, ele estava no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste. Num dos bilhetes, Caveirinha determinou o ataque aos produtores do filme "Tropa de elite", que estava sendo rodado nos morros da Babilônia e Chapéu Mangueira. No assalto, foram levadas 31 armas adaptadas para tiros de festim, entre elas fuzis, metralhadoras e pistolas. Num dos grampos, um integrante, Jony Paulo Gomes de Oliveira, o Jony, diz ter recebido a liberação de R. para o roubo. A libertação de Caveirinha, em janeiro, foi comemorada com queima de fogos nos dois morros dominados por sua quadrilha.

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