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A Polícia Federal fechou um acordo nesta segunda-feira com o Ministério Público Federal de Campo Grande e adiou as acareações que seriam feitas ainda nesta segunda entre os presos na Operação Xeque-Mate. A operação desbaratou uma máfia que explora caça-níqueis em vários estados, como Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rondônia. O grupo seria comandadp pelo ex-deputado estadual Nilton Cezar Servo.

Pelo acordo firmado, as acareações serão feitas somente em juízo. Também nesta segunda, aconteceram dois novos depoimentos na sede da PF: do delegado de Polícia Civil Marcelo Vargas Lopes, acusado de ter máquinas de caça-níquel na cidade de Coxim (MS); e do coronel Marcos Antonio David dos Santos, suspeito de dar proteção à máfia.

Já o delegado da PF Aldo Roberto Brandão, suspeito de vazar informações da investigação para beneficiar acusados, não foi depor, como estava previsto. Ele apresentou um atestado médico pedindo para ser ouvido em outro dia. Na tarde desta segunda, vão depor novamente outros presos, mas a PF ainda não divulgou os nomes deles.

PF deve pedir prisão preventiva de 20 acusados

O delegado Alexandre Custódio, da PF de Campo Grande (MS), que coordena as investigações, deverá concluir na quarta-feira os dois inquéritos instaurados. Ele deve solicitar a prisão preventiva de pelo menos 20 dos 67 acusados que, na sexta-feira, tiveram a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias.

Entre os presos cuja preventiva deve ser solicitada estão Servo e Dario Morelli Filho, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os delegados que trabalham no caso passaram o fim de semana analisando o material apreendido e os depoimentos de investigados, e levantando provas que dêem sustentação aos pedidos de prisão. Os pedidos serão analisados em conjunto com o Ministério Público Federal, que designou três procuradores para as investigações. A intenção do MPF é oferecer denúncia contra os acusados já com as preventivas decretadas. Além das ligações gravadas com autorização judicial, os delegados anexarão outras provas aos pedidos.

Até domingo, a PF não havia recebido o pedido de proteção a Andrei Cunha, que foi beneficiado pela delação premiada e havia sido solto na noite de sexta-feira. Ele colaborou com a PF depois que foi preso na Operação Xeque-Mate, há uma semana. Cunha era gerente de uma casa de jogos de Servo e se tornou seu desafeto.

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