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A polícia gaúcha retoma nesta terça-feira as investigações sobre o incêndio em um ônibus que deixou 28 pessoas feridas, em Rio Grande, a 320 quilômetros de Porto Alegre. Quatro passageiros estão hospitalizados em estado grave. Uma adolescente teve 40% do corpo queimado e está em coma. O ônibus, que estava com 50 passageiros, foi destruído em menos de dois minutos. A polícia não descarta a hipótese de o incêndio ter sido criminoso.

- Não existem indícios de sabotagem, mas nenhuma hipótese está sendo descartada. Nós vamos fazer uma investigação minuciosa para apurar a real causa desse incêndio e verificar se realmente foi um incêndio doloso ou se foi um incêndio culposo, ocasionado por alguma falha técnica, alguma falha mecânica ou alguma substância que entrou em combustão - diz a delegada Vanessa Pitrez.

Elione Lopes, responsável pela Quarta Delegacia do Rio Grande, crê na hipótese de acidente. Uma lata de tíner, um tipo de solvente, foi encontrada atrás do banco do motorista. O material é altamente inflamável e pode ter causado o incêndio juntamente com o calor, uma vez que a temperatura superou os 35°C na cidade. Ainda não se sabe quem teria colocado a lata dentro do ônibus.

- As possibilidades de combustão são várias, especialmente em um dia bastante quente. Isso até serve de alerta para as pessoas tomarem cuidados básicos - disse.

Quatro vítimas estão em estado grave. Bruna Moreira, de 14 anos, que teve 40% do corpo queimado, e está em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Casa de Rio Grande. Naide Maria Teles e o motorista Alexandre Muniz Hernandez também estão internados na UTI. Segundo o hospital, o estado de ambos os pacientes é estável. A passageira Paula Malaguez está em um quarto. Dos quatro internados, ela apresenta o melhor estado de saúde.

O ônibus foi recolhido para o depósito da polícia em Rio Grande e a perícia será realizada nesta quarta-feira.

O incêndio no ônibus 170 da empresa União Cotista começou por volta de 16h30m desta segunda-feira. O coletivo fazia a linha Carreiros e iria até o bairro Castelo Branco, na periferia. Segundo relato dos passageiros, o fogo teria começado na frente do veículo e se alastrado rapidamente. O motorista conseguiu abrir as duas portas, mas as saídas eram insuficientes.

Durante o incêndio, pedestres quebraram o vidro para ajudar no resgate. Foi assim que um casal conseguiu salvar os dois filhos. Uma mulher ficou presa ao tentar pular a janela. O vidro da frente quebrou por causa do calor. Depois de alguns momentos de agonia, a passageira conseguiu escapar.

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