A Polícia Civil de Campo Mourão (no Centro-Oeste do Paraná) realizou ontem uma operação para apurar denúncias de fraudes em licitações na prefeitura de Luiziana. Uma das suspeitas da polícia é de que tenha havido irregularidades nas licitações de fornecimento de combustível para o município. Ontem, foram ouvidos o secretário municipal de Administração, Thiago Slongo, sobrinho do atual prefeito, Mauro Slongo (PMDB) e o ex-prefeito da cidade José Claudio Pol (PMDB).
A suspeita da polícia é de que postos da cidade tenham combinado preços para fraudar processos de licitação do municípios. O empresário Robson Luiz Pavlak, proprietário do Posto Tucano, confessou, em depoimento à Polícia Civil, que integra o esquema. Ele também confirmou que, desde janeiro, o seu posto fornece combustível para o município sem haver um contrato em vigência.
Pavlak disse à Gazeta do Povo que forneceu cerca de R$ 15 mil em óleo diesel em fevereiro para abastecer a frota municipal. Ele afirmou que contava que venceria a licitação para fornecimento de combustível para a prefeitura, marcada para ocorrer no dia 7, para receber o dinheiro. "Eu receberia, se desse tudo certo", disse.
Emergência
O secretário de Administração alegou que o abastecimento estava sendo realizado sem licitação porque a cidade está em situação de emergência. "Não houve período de transição entre o governo do ex-prefeito [atual secretário da Fazenda] e do atual [que também ocupava uma secretaria na gestão passada], não sendo possível preparar as licitações", justificou.



