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A polícia vai investigar as ligações de Liliana Prinzivalli e de sua filha, a advogada Carla Cepollina, para saber se elas usaram telefones depois das 20h no dia 9 de setembro, dia da morte do coronel Ubiratan Guimarães. Das 14 linhas que estão sendo investigadas e cujas ligações serão cruzadas, cinco são da mãe de Carla, que também é advogada e assumiu a defesa da filha desde o primeiro dia em que ela foi ouvida pela polícia, na condição de testemunha.

As operadoras de telefonia já entregaram aos policiais resumo de todas as linhas a serem investigadas. Entre os telefones está o do próprio coronel, que, segundo os peritos, foi morto entre 19h30m e 20h do dia 9. O corpo só foi encontrado na noite do dia 10, domingo.

Liliana prestou depoimento no DHPP nesta quarta-feira e saiu sem falar com a imprensa. No fim do dia, o advogado contratado pela família de Ubiratan, Vicente Cascione, foi até a sede do DHPP para pedir a prisão de Carla ou uma acusação formal contra ela. Cacione ameaça entrar com ação na Justiça ainda nesta quinta caso a polícia não peça a prisão preventiva de Carla Cepollina ou a indicie pelo crime.

- Ela está recebendo um tratamento diferenciado por ter padrinhos e ser muito influente - disse Cascione ao jornal 'Diário de S.Paulo'.

Carla vem sendo apontada pela polícia como a principal suspeita pelo crime. Ela foi a última pessoa a ser vista saindo do apartamento do coronel e discutiu com ele no sábado, depois que Ubiratan recebeu o telefonema de uma agente da polícia federal do Pará. Carla teria ficado com ciúme.

A polícia deve marcar um novo depoimento de Carla Cepollina. Ela terá de explicar como pode ter saído antes do crime se, segundo a perícia, a morte teria ocorrido entre 19h30m e 20h30m. Carla teria dito no interrogatório que saiu do apartamento depois das 20h.

Imagens do circuito interno do prédio onde mora a advogada mostram que ela entregou à polícia uma roupa diferente da que usava na noite em que o coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães foi morto. Aos peritos, ela entregou uma blusa escura. Nas imagens gravadas no momento em que Carla chega em sua casa, ela é vista com uma blusa branca. Além disso, as peças foram lavadas. O horário entre a morte e a troca da blusa complicaram a situação da advogada.

Dois laudos feitos pela perícia sobre a morte de Ubiratan já estão prontos. Um deles mostra que os tiros foram disparados a uma distância de 1,5 metro no momento em que ele se levantava do sofá. O outro indica que ele estava com reflexos alterados por ingestão de bebida alcoólica.

O delegado Armando Costa Filho, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que é especulação falar em pedido de prisão preventiva da advogada e que o processo e as investigações correm em segredo de Justiça. Na segunda-feira, Carla teve o pedido de hábeas-corpus negado pela Justiça.

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