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Um PM com atuação em Madureira está sendo investigado reservadamente pelos policiais civis da 30ª DP (Marechal Hermes), em inquérito paralelo instaurado depois da morte de João Hélio Fernandes Vieites, de 6 anos. O policial seria o responsável por receber os carros roubados pelos cinco acusados — todos presos — pelo assassinato do menino. O juiz Guaraci Vianna, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, confirmou na segunda-feira que existe realmente a suspeita da participação de uma sexta pessoa, um PM, no bando que roubou o carro da mãe de João.

O menino foi arrastado até a morte, por sete quilômetros, preso ao cinto de segurança, do lado de fora do Corsa de sua mãe. A polícia tem informações de que o bando agiu supostamente para atender a uma encomenda do policial militar. O crime aconteceu em 7 de fevereiro, em Oswaldo Cruz.

A informação sobre a suposta participação de um policial militar na quadrilha chegou ao conhecimento da Polícia Civil antes de o inquérito da 30ª DP ser enviado ao Ministério Público. Mesmo assim, os policiais decidiram não incluir o PM entre os suspeitos, preferindo mandar o inquérito apenas com os quatro homens e um adolescente que participaram do roubo do Corsa.

Segundo as investigações da 30ª DP, os acusados do crime teriam participado de pelo menos outros três roubos de carro em Madureira, Oswaldo Cruz e Cascadura. Os veículos eram deixados quase sempre na Rua Caiari, em Cascadura, o mesmo local onde o Corsa com o corpo de João, ainda do lado de fora, foi abandonado.

O juiz Guaraci Vianna revelou que tem dúvidas se o adolescente estava realmente no Corsa, acompanhando Diego Nascimento e seu irmão Carlos Eduardo Lima. O menor está sendo julgado na 2ª Vara da Infância e da Juventude. Guaraci disse que não há dúvida da participação de Diego e Carlos Eduardo. Além disso, afirmou ter convicção de que o menor estava no táxi usado pelos criminosos para interceptar o carro da mãe de João.

O advogado Gilberto Fonseca, que representa a família do menino morto, voltou a dizer nesta terça que existe uma grande possibilidade de mover processos contra o estado e a montadora do Corsa.

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