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O coronel Malhães morreu no dia 25 de maio em seu sítio | Rudy Trindade/Reuters
O coronel Malhães morreu no dia 25 de maio em seu sítio| Foto: Rudy Trindade/Reuters

13 era a quantidade de armas de Malhães. O objetivo dos invasores, segundo a polícia, era levar o armamento.

Policiais da Delegacia de Ho­micídios da Baixada Flu­mi­nense, no Rio de Janeiro, prenderam na manhã de ontem mais dois envolvidos no assalto à casa do coronel reformado Paulo Malhães e concluíram o inquérito no qual afirmam que a morte do militar não foi premeditada.

Malhães morreu no dia 25 de maio em seu sítio, em Nova Iguaçu. De acordo com a polícia, a residência foi invadida por dois homens – Rodrigo Teles e Anderson Pires Teles –, irmãos do caseiro Rogério Teles, estes três já presos. O objetivo dos invasores, ainda segundo a polícia, era levar as armas de Malhães, 13 ao todo, sendo duas de pressão. O armamento já foi recuperado e reconhecido pela viúva, Cristina Batista Malhães.

O delegado Pedro Henrique Medina disse que o caso foi latrocínio (roubo seguido de morte). "Eles não receberam dinheiro, como mostrou a quebra de sigilo bancário. Portanto, queima de arquivo está descartada", disse, em referência à possibilidade de a morte do militar ter ligação com sua vida pregressa, de torturador durante a ditadura militar (1964-1985).

Segundo Medina, além de a investigação apontar evidências de latrocínio, os irmãos Pires confessaram que o interesse deles estava nas armas, fato que se confirmou com a prisão de Maicon Jose Candido e Alex Sandro de Lima, detidos ontem quando estavam em casa, na zona oeste do Rio. Eles são casados com as irmãs dos Pires, portanto cunhados dos demais acusados.

Suspeitas

A atribuição de cada um no caso, de acordo com Medina, foi a seguinte: "Rogério repassou as informações e sabia do roubo com um mês de antecedência; Rodrigo e Anderson foram os executores." Os cunhados tiveram a missão de tirar as armas e os irmãos Pires do sítio. "Era com eles que o encapuzado [Anderson] se comunicava por celular de dentro da casa. Por não saberem dirigir, eles [Rodrigo e Anderson] até bateram o carro no terreno de Malhães", disse.

As denúncias já foram aceitas pelo Ministério Público Federal e todos os envolvidos estão com prisão decretada, informou Medina.

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