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Atualizado em 15/07/06 às 16h50

Embora em menor intensidade, os ataques do crime organizado continuaram entre a noite de sexta e madrugada de sábado em São Paulo. Um tenente aposentado da Polícia Militar foi morto e mais quatro veículos atacados - dois ônibus, um caminhão de lixo e uma lotação. A polícia também estourou uma central clandestina de telefonia em São Miguel Paulista, na zona leste.

Os dois ônibus circulavam com passageiros na noite de sexta na avenida Sapopemba, zona leste da capital, quando foram atingidos por tiros. Num deles, os tiros atingiram a porta próxima ao motorista. No outro coletivo, os tiros foram disparados contra o motor. Os dois veículos pertencem à viação Himalaia. Mesmo assim, ninguém ficou ferido.

Em Guaianases, zona leste da cidade, outro caminhão de lixo que fazia a coleta foi incendiado. O serviço de coleta voltou a ser suspenso. Este é o terceiro caminhão de lixo atacado por criminosos desde quinta-feira. A empresa Eco Urbis, responsável pela coleta, suspendeu o serviço na noite de quinta, mas informou que ele seria retomado nesta sexta e sábado. Em Parada de Taipas, zona norte, os bandidos atacaram uma lotação, que também foi queimada.

Morte de policial

No município de Praia Grande, litoral paulista, o tenente aposentado da Polícia Militar, Nelton Santos Ramos, de 57 anos, foi morto em sua casa, no bairro Caieiras. Quatro bandidos invadiram a residência na noite desta sexta-feira por um mangue. A casa fica num local afastado da cidade.

Eles dominaram a mulher do tenente e queriam saber onde estava o tenente. Informados de que ele estava dormindo, mandaram o filho de sete anos chamar o pai. Os quatro levaram Nelton para os fundos da casa e o assassinaram com tiros.

A polícia acredita que a morte foi uma ação do crime organizado, mas investiga também a hipótese de vingança. O tenente estava aposentado há oito anos. O delegado Juvenal Marques disse que nada foi levado da casa. A mulher contou a ele que Nelton não tinha inimigos e que o tenente saiu desarmado da residência. Ele atuava na banda da Polícia Militar.

Central telefônica

No bairro de São Miguel Paulista uma central clandestina de telefonia, que fazia comunicação com penitenciárias do estado, foi estourada pela polícia. Dez pessoas foram presas, entre elas quatro aparentam ser menores. Na casa, os policiais encontraram celulares, drogas e um caderno com o nome de diversos presos.

Até agora, a secretaria de Segurança Pública informa que foram presas cem pessoas suspeitas de terem participado dos ataques em São Paulo, desde terça-feira. Os números da SSP, mostram 138 atentados, mas informações não oficiais contabilizam mais de 190 ataques no estado, com seis mortes.

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