• Carregando...

Em um acesso de fúria após ser detido por policiais militares, sob acusação de desacato e perturbação do sossego, o ex-vice-prefeito e presidente do diretório municipal do DEM de São Pedro do Ivai, Valdir Magri, quebrou uma porta de vidro do destacamento da PM de Fênix, no Centro Oeste do Paraná, ferindo um soldado.

De acordo com relatório da PM, Magri havia sido abordado ao lado de uma caminhonete, estacionada com som alto em frente a uma lanchonete de Fênix. Na versão dos policiais, ao ser orientado a reduzir o volume, Magri, que segurava um copo de whisky na mão, passou a intimidar os soldados, afirmando que era vice-prefeito e amigo de um juiz e de outros policiais militares, e que não deveria ser importunado.

Ele foi conduzido ao destacamento da PM, onde seria registrada a ocorrência de perturbação de sossego. O político, porém, ficou furioso ao saber que o equipamento de som automotivo seria apreendido e encaminhado ao fórum. Inconformado, ele disse que os policiais "eram pobres" e que ele "era rico, possuía fazendas e tinha amigos influentes", conforme o registro policial.

Na sequência, Magri teria se dirigido à porta e quebrado o vidro, que é temperado. Estilhaços do material feriram os braços de um policial e o rosto do próprio político.

Contido por policiais, Magri foi transferido para delegacia de Engenheiro Beltrão, onde foi atuado em flagrante por desacato, perturbação do sossego e danos ao patrimônio público. Ele foi liberado após o pagamento de fiança de R$ 672.

Cunhado da prefeita reeleita de São Pedro do Ivaí, Maria Regina Magri, o presidente do DEM ocupava o cargo de vice-prefeito na cidade até o fim de dezembro do ano passado.

"Psicólogo"

Em entrevista à Gazeta do Povo, o ex-vice-prefeito negou as acusações. Segundo ele, o som do veículo não estava alto. "Só se alguém aumentou com o controle, e eu não notei", disse ele. Magri disse ter ficado surpreso ao ser conduzido ao destacamento e afirmou que, no local, teve de "atuar como psicólogo" com os policiais, identificados como Lucas e Diego.

"Um deles, o Diego, ficou chorando, dizendo que eu era rico e que ele tinham nas não via mais a família, que tinha que trabalhar nesta m.... de polícia, atrás desses caras de som. Ai eu disse: 'Se eu tenho as coisas, é porque trabalhei na vida'. Em nenhum momento eu os desacatei. Eu até fiquei com medo deles".

"Foi tudo um equívoco e eu já me comprometi a pagar todos os prejuízos. Mesmo assim, me jogaram no chão, me algemaram e me levaram no camburão para Engenheiro Beltrão", relatou Magri.

O político admitiu que "havia tomado umas", mas justificou que um amigo "que não bebe" iria conduzir o carro no retorno a São Pedro do Ivaí. "Mas eu não estava com whisky na mão. Na hora da abordagem, eu estava com um copo" disse ele. Magri também negou ter quebrado a porta de vidro do destacamento. "Foi um choque térmico".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]