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Eleições municipais

Por convicção ou falta de pretendente, PT pode lançar “chapa pura” em 10 capitais

Número de cidades com candidatura própria ainda pode mudar bastante nos próximos dias

Tadeu Veneri (à esq.) ao lado da atual vice-prefeita de Curitiba, Miriam Gonçalves | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Tadeu Veneri (à esq.) ao lado da atual vice-prefeita de Curitiba, Miriam Gonçalves (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

A crise política forçou uma reconfiguração do Partido dos Trabalhadores (PT) nas candidaturas municipais deste ano. De sigla disputada nas campanhas anteriores - principalmente por causa da popularidade alcançada e da proximidade com o poder -, o PT passou a uma condição mais restrita. Por enquanto, em três capitais, incluindo Curitiba, os petistas devem lançar “chapa pura”, sem coligação com outros partidos. Mas há a possibilidade de que o número de capitais sem alianças chegue a dez.

Confira o momento das alianças do PT em capitais brasileiras

Segundo Florisvaldo Souza, secretário de organização do PT, está definido que, além de Curitiba, Florianópolis e Campo Grande devem lançar candidatura petista sem coligação. Em outras capitais a negociação em busca de acordos ainda deve durar até o prazo final para inscrição de candidaturas, na próxima sexta-feira (5). Ele comenta que algumas cidades em que estavam definidas as chapas puras, como Porto Alegre e Manaus, alianças foram firmadas no final de semana. Mas, Souza assegura que o partido não abriu um balcão de negócios e que está sendo criterioso nas escolhas. O secretário aponta que, mesmo mergulhado em uma crise, o PT vai lançar mais candidaturas próprias em capitais neste ano do que em 2012. Agora são 20 cabeças de chapa, contra 17 há quatro anos. Nas outras seis capitais, o partido apoiará candidatos a prefeito de outras siglas, como PCdoB, PDT e PTB.

Quem decidiu se manter no partido, apesar de todo o desgaste enfrentado, tem tentado encarar os pontos positivos da nova fase. É que no auge do poder, o PT acabou se coligando com siglas que não tinham a mínima relação ideológica. Ou seja, o momento seria de depuração e volta às origens. Uma amostra desse discurso foi dada por Tadeu Veneri, deputado estadual e candidato a prefeito pelo PT, durante o encontro petista que lançou a candidatura dele no final de semana. Ele declarou que “o PT tratado a Danoninho tinha ido embora”, numa referência a quem se acostumou com a fartura e o poder. Para Veneri, o momento é propício para que o partido se livre de aproximações de conveniência e tenha alianças programáticas, calcadas em projetos de governo.

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