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Os dois principais partidos cobiçados pelo PDT para formar uma aliança mínima para dar suporte à candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo esperam um anúncio oficial antes de fechar apoio à campanha. Os presidentes do PP e do PSB ainda não foram comunicados formalmente pelo senador sobre sua disposição de concorrer a governador.

O presidente do PP do Paraná, deputado federal Dilceu Sperafico, confirmou a possibilidade de aliança, desde que o partido tenha garantia da candidatura. "Primeiro ele (Osmar Dias) precisa dizer que é candidato", afirmou. Sperafico tem pressa na definição. "Não vou esperar até o dia 30 para ele dizer oficialmente se é ou não. Até segunda-feira temos que tomar uma posição final", disse.

O PP tem outra proposta que está sendo analisada, que é o convite do PMDB para uma aliança. O deputado jantou na segunda-feira com o governador Roberto Requião (PMDB) e ficou de levar a proposta para discussão no partido. Sperafico avalia que qualquer aliança serve para a eleição da chapa proporcional de deputados estaduais e federais, mas existem maiores chances de uma aproximação com o PDT. "A gente comunga das idéias do Osmar, temos mais afinidades e daria mais certo."

O PSB também não foi informado pelo senador oficialmente. O presidente estadual, Severino Araújo, disse que aguarda um posicionamento. Segundo o membro da executiva nacional do PSB, deputado estadual Reni Pereira, o partido vai avaliar a possibilidade de entendimento. "O PSB quer participação efetiva no plano de governo, não basta só aderir à campanha", disse.

Uma das preocupações é avaliar as chances eleitorais da chapa proporcional. O PSB quer eleger pelo menos um deputado federal para ter um representante do Paraná no Congresso Nacional. Outro cálculo que o partido precisa fazer, segundo Reni Pereira, é se com a aliança com o PDT e o PP será possível atingir a cláusula de barreira.

A aliança com o PDT só pode ficar inviabilizada se a executiva nacional do PSB decidir fazer uma coligação formal com o PT para apoiar a reeleição do presidente Lula (PT). Para o deputado, a união é pouco provável porque o PT quer impor o ex-ministro Ciro Gomes (PSB) como candidato a vice- presidente, mas o partido discorda e quer ter liberdade para indicar outro nome.

O PP e o PSB foram os únicos partidos da pretendida frente de oposição que sobraram para uma aliança formal com o PDT. O PSDB e o PFL ficaram impedidos pela regra da verticalização. Ambos estão coligados no plano nacional em torno da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República e não podem se aliar ao PDT, que também tem candidato próprio a presidente, o senador Cristovam Buarque. A única opção para os tucanos e pefelistas seria um apoio informal ao senador Osmar Dias, sem coligação na majoritária e na proporcional. O PSDB ainda não sabe o que fazer e o PFL já formalizou apoio à campanha de Rubens Bueno (PPS).

Dilceu Sperafico sugere que o PDT tente atrair para a aliança um quarto partido, que poderia ser o PTB, que também está solteiro nas alianças nacionais. O PTB, no entanto, sinaliza que está dividido entre o apoio ao PMDB e a candidatura de Rubens Bueno (PPS).

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