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O PPS realiza no próximo dia 26 sua convenção estadual para escolher a direção do partido, que terá a responsabilidade de conduzir a sigla no processo eleitoral de 2006. O atual presidente estadual, Rubens Bueno, deve ser reeleito e sua candidatura ao governo do estado deve ser confirmada. O evento contará com a presença do presidente nacional da legenda, o deputado federal Roberto Freire (PE), que é pré-candidato à Presidência da República.

Segundo Rubens Bueno, o partido assumiu um posicionamento crítico em relação aos governos estadual e federal. Em relação a Lula, a direção do PPS já havia determinado a saída da base governista no ano passado, antes da divulgação das denúncias no Congresso em relação ao mensalão. "Com o governo do estado também não fazemos parte da base governista. Nossos deputados têm investigado todas as denúncias", afirma o presidente da legenda.

Bueno cita como exemplo a questão da saúde. O deputado estadual Marcos Isfer teve um requerimento aprovado para que o secretário Cláudio Xavier compareça à Assembléia, na próxima segunda-feira, para esclarecer os gastos da sua pasta nos últimos anos e explicar os números do setor no estado.

Sobre as possíveis coligações para 2006, Rubens Bueno deixa em aberto várias possibilidades. "Ainda estamos sob o impacto dos escândalos em Brasília. Não sabemos até que ponto alguns partidos têm culpa ou terão sua credibilidade abalada. É preciso que tudo seja apurado primeiro", afirma.

No entanto, o presidente do PPS admite que tem conversado com dirigentes de várias siglas, mas que prefere não revelar por enquanto, antes que as possíveis alianças estejam mais consolidadas. Bueno concorda com a tese que falta à sua candidatura um aliado com estrutura partidária e tempo de tevê suficiente para decolar sua candidatura ao governo do estado.

Na última eleição para governador, Bueno conseguiu 10% dos votos, e para prefeito de Curitiba chegou a 20%, e atualmente, o PPS tem pesquisas internas que garantem que seu presidente estadual lidera na preferência do eleitorado na capital. Nas outras duas ocasiões, o dirigente do PPS apontou as pesquisas, o pouco tempo de tevê e o pouco espaço que teve para divulgar suas propostas como responsáveis por não ter obtido um resultado melhor.

Para 2006, Rubens Bueno não coloca ainda sua candidatura como algo definido, mas afirma que a disposição de seu partido é lançar candidato próprio e que está à disposição, caso seja convocado. "Nós somos uma alternativa a toda essa forma de governar que foi apresentada até agora", afirma.

No encontro, além da direção do partido, serão escolhidos os delegados para o encontro nacional marcado para março de 2006. Bueno afirma ainda que serão discutidas as teses que serão defendidas pela legenda durante a campanha eleitoral.

Chapas

Além da disputa nas eleições majoritárias, o PPS tem reforçado sua chapa para a disputa proporcional. Os dirigentes da sigla percorreram todo o estado selecionando lideranças com densidade eleitoral e que se identificassem com o programa partidário. Bueno cita como exemplo a chapa de deputados federais, que terão a capacidade de aumentar a bancada no Congresso, hoje composta por apenas dois parlamentares – César Silvestri e Aírton Roveda.

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