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O líder do PR na Câmara, deputado federal Lincoln Portela (MG), afirmou nesta segunda-feira (11) que o partido tenta agendar uma audiência com a presidente da República, Dilma Rousseff, para discutir se o PR de fato iindicará um nome para comandar o Ministério dos Transportes.

O indicado do partido para o cargo, senador Blairo Maggi (MT), já antecipou que a "tendência" é não aceitar a pasta. Embora Maggi ainda não tenha oficializado a negativa ao convite, a legenda já começa as articulações para tentar manter o comando da pasta.

"O nome do Blairo surgiu naturalmente, de forma espontânea, mas não vai ser ele. Pelo que tenho visto, ele não vai ser o homem do ministério. Então, precisamos agora conversar com a presidente Dilma e ver se ela está disposta a manter que o PR poderá fazer a indicação. Se ela [Dilma] disser que não pode esperar, que nós [PR] não vamos poder indicar, em nada vai mudar a relação. Vamos continuar com o projeto de governo", afirmou o líder do partido.

Ainda na sexta-feira, quando afirmou que a tendência seria não aceitar o cargo, Maggi disse que deveria dar uma resposta oficial ao partido ainda nesta segunda-feira. Maggi afirmou que chegou a ser sondado pelo minstro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para assumir o cargo, além de receber uma indicação oficial do PR.

Sem a definição oficial do substituto, o ministério está sob o comando interino do secretário-executivo da pasta, Paulo Passos, que é filiado ao PR, mas não tem apoio da legenda para se manter no cargo.

Sem citar nomes, Portela diz que o partido já tem outras alternativas em discussão para indicar, mas só vai falar em nomes depois de ter a confirmação da presidente de que a pasta será mantida com o PR. "O PR tem quadros de total competência, que podem assumir o ministério, mas a condução do processo é da presidente. Se a presidente confirmar que a indicação é nossa e puder esperar mais uns dias, vamos falar em nomes", afirmou o deputado.

O Ministério dos Transporte enfrenta uma crise desde o começo desde mês, depois que denúncias de superfaturamento em obras resultou no afastamento da cúpula da pasta. Alguns servidores, entre eles Luiz Antônio Pagot, diretor-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), foram afastados. O governo também determinou a abertura de uma sindicância para apurar as denúncias. Na última quarta-feira (6), o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, não resistiu e deixou o comando do ministério.

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