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Blairo Maggi: senador anunciou a volta do PR ao governo | Paulo H. Carvalho/Ag. Senado
Blairo Maggi: senador anunciou a volta do PR ao governo| Foto: Paulo H. Carvalho/Ag. Senado

A bancada do Partido da Re­­pública (PR) no Senado está de volta à base do governo, exatas três semanas depois de ter rompido com a presidente Dilma Rousseff. O motivo do rompimento foram os nove meses de negociação mal sucedida para voltar ao comando do ministério dos Transportes. A operação política para resgatar o PR foi articulada pelo líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), que ofereceu o caminho e o discurso para o retorno: a formação do bloco PTB-PR.

"Seremos um bloco de apoio ao governo. Como o PTB é da base governista, não teríamos como formar um bloco que não fosse aliado do Planalto", justificou o senador Blairo Maggi (PR-MT), admitindo que a parceria das duas legendas abriu a porta para a reaproximação do Planalto. Juntos, PR e PTB passam a constituir a terceira força política no Senado, atrás apenas dos dois blocos encabeçados pelo PMDB e pelo PT.

O que preocupa setores do Palácio do Planalto é o fato de a operação ter sido articulada pelo líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), que é muito próximo de Argello, e pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que à época do rompimento do PR aconselhou Dilma a não se indispor com o Congresso. Em conversas reservadas, interlocutores da presidente dizem temer que a dupla cobre um preço alto pelo resgate do PR.

Outro motivo de preocupação deve-se à exclusão da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, de quem Blairo se queixou no rompimento, responsabilizando-a pelos "maus tratos" do governo ao PR. Ideli não foi sequer informada de que havia uma articulação em curso para recompor a relação com o PR.

No final da manhã desta terça, Blairo e Argello bateram à porta da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para comunicar a formação do novo bloco aliado do governo. Gleisi tratou de colocar o líder do PR em contato com a presidente Dilma, para o comunicado oficial do reatamento. Ainda assim, nenhuma conversa com o PR foi marcada.

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