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Alceu Maron Filho: dirigente do PSL terá de provar o que disse na Justiça | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Alceu Maron Filho: dirigente do PSL terá de provar o que disse na Justiça| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

O advogado Alceu Maron Filho, pré-candidato do PSDB ao cargo de prefeito de Paranaguá, disse desconhecer as denúncias do uso de cargos comissionados no porto em benefício de sua candidatura. Alceuzinho, como é conhecido, afirmou que ficou sabendo das denúncias através da Gazeta do Povo. "Como pré-candidato, tenho conversado com dirigentes partidários das mais variadas matizes e jamais coloquei cargos do porto como moeda de troca para apoio à minha candidatura", afirmou. O pré-candidato disse acreditar que as denúncias tenham motivação eleitoral.

O tucano afirmou que o presidente do PSL, Ênio Campos Silva, deverá provar judicialmente a afirmação de que teria recebido proposta de troca de uma possível coligação por cargos comissionados no porto. Alceuzinho disse ainda que desconhecia que tivesse apoio do PSL.

O pré-candidato assegurou também que não foi responsável pela indicação do primo de Airton Maron para a chefia do porto. Negou que soubesse de denúncias de arrecadação financeira entre empresas e funcionários comissionados da administração portuária para benefício de sua campanha.

A Gazeta do Povo tentou ainda, durante três dias, ouvir o ex-superintendente do porto Airton Maron sobre as denúncias. Ele não foi localizado no porto, onde é funcionário de carreira.

Na tarde de quinta-feira, a assessoria de imprensa da Ad­­ministração dos Portos de Pa­­ranaguá e Antonina (Appa) informou que não havia sido notificada sobre as denúncias investigadas pelo MP e que, portanto, não poderia se manifestar. Ontem, após o cumprimento do mandado de busca e apreensão na Appa, não foi possível localizar os funcionários da assessoria.

A reportagem também questionou o atual superintendente do porto, Luiz Dividino, e o secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa. Ambos foram informados sobre a instauração do procedimento investigativo criminal do MP.

O secretário disse que estava "contente pela denúncia estar sendo apurada pelo Ministério Público". "O governo não tem nada a esconder. Se houver provas de irregularidades, haverá punição", disse Pepe.

Dividino chegou a marcar uma entrevista para tratar do assunto. Mas, depois, a assessoria da Appa informou à reportagem que a entrevista havia sido cancelada.

O gerente demitido da empresa multinacional do setor agrícola, que preferiu não ser identificado, também foi procurado. Por telefone, ele informou que sua demissão ocorreu por reestruturação da empresa e que as denúncias não têm fundamento.

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