Em recesso
Richa, Gleisi e Requião aproveitam para descansar
No Paraná, os políticos vão aproveitar os dias de folga para descansar em casa ou em viagens. Sem eventos públicos agendados, três pré-candidatos ao governo do estado optam por programas amenos.
O governador Beto Richa (PSDB) viajou para fora do país, mas não divulgou o roteiro. Ele enviou um comunicado à Assembleia dizendo que estará ausente do estado entre os dias 27 de fevereiro e 7 de março. Segundo o comunicado, a viagem ocorre por "motivos pessoais" e não será custeada pelo governo do estado. Deputados e assessores próximos afirmaram durante a semana que não sabiam qual seria o destino de Richa.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT) vai aproveitar os dias para descansar com a família em Curitiba, de acordo com assessores. Ela não terá compromissos oficiais nos próximos dias. Colega no Senado, Roberto Requião (PMDB) também não divulgou se vai participar de eventos oficiais. Ele deve permanecer na sua casa em Brasília.
Em ano eleitoral, políticos não deixam de aparecer em eventos públicos. Entre os presidenciáveis, há compromissos típicos de carnaval marcados na agenda de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Dilma Rousseff (PT) deve passar o feriado na Base Naval de Aratu, na Bahia, mas interrompe o descanso para ver os trios elétricos no domingo, em Salvador. Não há nenhuma restrição, de acordo com a legislação eleitoral, para que pré-candidatos participem de eventos públicos neste período. As ações mais comuns nessa época do ano e que são vedadas a agentes públicos é fazer campanha antecipada, realizar ou divulgar pesquisas de intenção de voto sem registro.
A presidente passou os últimos feriados em Aratu. Mas neste ano, mesmo sendo avessa a badalações, deve acompanhar os blocos de Carnaval na capital, em Salvador. Seguranças da Presidência teriam vistoriado o camarote do governador Jaques Wagner (PT), para averiguar as condições de segurança. Em 2010, a petista assistiu aos desfiles na Sapucaí, no Rio de Janeiro, junto do governador Sérgio Cabral (PMDB). Na ocasião, quando era ministra da Casa Civil, Dilma chegou a descer até a avenida, dançou com garis e passou boa parte da noite sorrindo ao lado da cantora Madonna e do governador, que era então seu aliado.
Quatro anos depois, a relação entre a presidente e Cabral está estremecida porque o PT confirmou a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio. A presidente também não pretende aparecer em Recife para ver o tradicional desfile do Galo da Madrugada, como fez há quatro anos com o então aliado Eduardo Campos, hoje seu adversário.
Campos vai assistir ao tradicional bloco recifense e a algumas festividades em Olinda. Uma passada pela Sapucaí não está descartada. Ele e o prefeito de Recife, Geraldo Julio (PSB), assistiriam aos blocos de Recife em camarotes superluxuosos, que haviam sido licitados pela prefeitura. Toda a área VIP estava orçada em R$ 295 mil, mas o edital foi cancelado, numa tentativa do grupo de demonstrar austeridade.
Aécio Neves, pré-candidato tucano, tem convites para o carnaval de Salvador e desfiles cariocas. À convite do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o tucano ontem iria assistir o bloco Furdunço no camarote da prefeitura. No Rio de Janeiro, Aécio vai estar junto com o prefeito Eduardo Paes (PMDB), no camarote reservado à prefeitura. Ele decidiu não passar pelos camarotes das cervejarias, como fez no carnaval passado, onde seria obrigado a vestir a camiseta dos patrocinadores.
Os foliões e as máscaras da política
Não vão faltar políticos nas festas de carnaval. Enquanto pré-candidatos cumprem agenda de pré-campanha, os foliões têm à disposição máscaras de políticos. Na região da Rua 25 de Março, na área central de São Paulo, por exemplo, lojas especializadas em artigos para carnaval oferecem máscaras de dirigentes como a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o chefe do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, e até mesmo personalidades internacionais, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Deixe sua opinião