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Câmara volta ao plenário histórico depois de quatro anos de improviso | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Câmara volta ao plenário histórico depois de quatro anos de improviso| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Centenário

Conheça a história do Palácio Rio Branco:

1891 – Generoso Marques, presidente do Paraná, contrata o engenheiro italiano Ernesto Guaita para construir a sede do Congresso Estadual, que depois se tornaria a Assembleia Legislativa.

1895/1896 – o Palácio do Congresso é inaugurado. Não há um registro exato da data da inauguração, mas ela ocorreu entre os anos de 1895 e 1896.

1963 – a Assembleia é transferida para o Centro Cívico, e o prédio é repassado para a Câmara de Curitiba. Na mudança, o edifício recebe o nome de Palácio Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco.

1978 – o patrimônio histórico do Paraná tomba o edifício.

2010 – com sérios danos estruturais, especialmente por causa do alto tráfego na região, a Câmara inicia a reforma do palácio. A expectativa era de reinaugurá-lo em 2012.

Após quase quatro anos realizando suas sessões em um plenário improvisado, a Câmara de Curitiba voltou ontem ao Palácio Rio Branco. O retorno acabou sendo mais complicado do que o esperado: o painel eletrônico não funcionou, a área destinada a jornalistas não tinha nenhuma visibilidade ou som e a transmissão via web saiu do ar em vários momentos. Ainda assim, o presidente Paulo Salamuni (PV) considerou a ocasião motivo de comemoração: "o importante é que estamos aqui, em um dos prédios mais bonitos e históricos de Curitiba".

O palácio foi reformado entre 2010 e 2014, com um custo de R$ 1,3 milhão. A reinauguração foi realizada no último dia 27 de março, em uma sessão solene, mas as sessões ordinárias continuaram a ser realizadas no plenário do Anexo II até a semana passada. Segundo Salamuni, foram necessários alguns ajustes antes da mudança em definitivo para o novo prédio.

Entretanto, a grande novidade das sessões, o painel eletrônico, não entrou em funcionamento. De acordo com a assessoria da Câmara, ainda há a necessidade de adequá-lo ao Sistema de Proposições Legislativas (SPL, sistema de tecnologia da informação usado pela Câmara), o que deve ser feito ao longo dos próximos quinze dias. Quando pronto, os votos e as presenças dos vereadores passarão a ser computados automaticamente pelo sistema e divulgados em tempo real no site da Câmara.

Além disso, a ocupação do espaço do prédio, menor do que o Anexo II, foi um problema. Repórteres que cobriam a sessão, por exemplo, foram alocados em uma sala ao lado, embaixo de uma escada, de onde não era possível ver ou ouvir o que acontecia no plenário. Para saber o que estava sendo discutido, era necessário subir até uma das galerias.

Salamuni afirmou que serão feitos "ajustes" para adequar melhor o espaço e que considera a presença da imprensa "essencial" para a transparência do Legislativo. Ele disse ainda considerar normal que o uso efetivo do espaço revele seus problemas. "É no andar da carruagem que as abóboras se assentam", brincou.

Das novidades, a que mais deu certo foi a transmissão on-line. Ainda assim, o sinal ficou instável durante a primeira hora da sessão. Além disso, não foi possível abrir o vídeo em alguns navegadores.

Futuro

Apesar da reforma e da reinauguração, Salamuni admite que há uma ideia "ainda em estágio embrionário" de construir um novo prédio para a Câmara, com espaço para plenário e gabinetes, deixando o Palácio Rio Branco como um espaço apenas para a visitação do público. Durante a gestão do ex-presidente João Cláudio Derosso, um fundo chegou a ser constituído para esse fim, com as sobras orçamentárias do Legislativo. Entretanto, esse dinheiro acabou sendo devolvido para a prefeitura no final de 2011.

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