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Grande Curitiba

Prefeito de Rio Branco do Sul é assassinado com 5 tiros

Polícia ainda não sabe qual foi a motivação do crime, mas tem certeza de que ele foi premeditado. Adel Rutz foi emboscado por duas pessoas que estavam em uma moto

Carro do IML deixa o Hospital de Rio Branco com o corpo do prefeito | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Carro do IML deixa o Hospital de Rio Branco com o corpo do prefeito (Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo)
Rutz: emboscado no caminho de casa |

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Rutz: emboscado no caminho de casa

O prefeito de Rio Branco do Sul, Adel Rutz (PP), de 36 anos, foi assassinado ontem com cinco tiros. O crime ocorreu por volta das 20 horas, na Rua Domingos Faria, no centro da cidade – que tem 30 mil habitantes e fica no norte da região metropolitana de Curitiba. A Polícia Militar não tem dúvidas de que o crime foi premeditado, embora ainda não se saiba as motivações nem quem foram os autores do assassinato. Duas equipes do Cope, grupo de elite da Polícia Civil, foram destacadas para investigar o caso.

Segundo informações da PM, os assassinos teriam armado uma tocaia para matar o prefeito. Rutz dirigia seu carro, um Volkaswagen Golf, e estava quase chegando em casa quando uma moto preta, com dois ocupantes, teria cercado o veículo. Um Gol, segundo a PM, também estaria envolvido no assassinato. Os ocupantes do carro estariam passando informações sobre a movimentação do prefeito.

A partir daí, há duas versões. Segundo informações do investigador da delegacia de Polícia Civil do município, Elenai Ferreira, o prefeito foi executado dentro do próprio veículo. Mas a PM informou que o prefeito, percebendo a emboscada, teria saído do carro correndo. Foi quando os ocupantes da moto começaram a atirar.

O fato, porém, é que Rutz levou cinco tiros: dois nas costas, um no peito, um na perna e outro no pé. Rutz ainda chegou a ser encaminhado para o Hospital Municipal de Rio Branco do Sul, mas não resistiu aos ferimentos.

Ainda segundo a PM, um familiar do prefeito, cujo nome não foi divulgado, ao perceber o tiroteio, saiu em perseguição aos homens da moto, que tentaram fugir para Cerro Azul. Esse familiar conseguiu derrubar a moto durante a perseguição. Os ocupantes fugiram para o mato. A polícia descobriu que a motocicleta havia sido roubada em novembro de 2009.

Motivação política?

Embora a prefeitura ainda não saiba as razões do assassinato, na cidade moradores e políticos aliados acham difícil o crime ter tido motivação política porque o prefeito tinha bom relacionamento com os secretários e a com a bancada de vereadores. Adel Rutz assumiu a prefeitura em 2009 em meio a denúncias envolvendo a gestão anterior e a uma rivalidade com o grupo adversário, comandado pelo ex-prefeito, Amauri Johnsson (PSC).

O presidente da Câmara, Ariel Ribeiro, disse que o clima político na cidade estava "tranquilo" e que o prefeito estava se relacionando bem com todas as correntes políticas. Segundo o secretário municipal de Planejamento, Araslei Cumin, que esteve à tarde com o prefeito, Rutz era "festeiro" e "sempre estava no meio do povo".

No sábado, tinha participado da festa de aniversário da cidade e estava comemorando o fato de o município estar prestar a adquirir nove ônibus e duas ambulâncias. "Ele estava feliz da vida, planejando um desfile com os equipamentos", disse Cumin. Ontem pela manhã, Rutz esteve na Assembleia Legislativa e foi recebido pelo presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), para tratar da liberação de R$ 2,4 milhões, do governo do estado, para esse fim.

Vice duplo

O vice-prefeito Emerson Stresser (PMDB) vai assumir o cargo no lugar de Rutz. Ele chegou a assumir o cargo quando a Justiça determinou o afastamento do ex-prefeito Amauri Johnsson, de quem também foi vice. Stresser foi procurado ontem à noite pela reportagem, mas não quis dar entrevistas. Abalado, ele informou por meio de amigos que permaneceria no hospital acompanhando a liberação do corpo de Hutz e as investigações pela polícia.

Embora tenha cumprido o mandato de vice na gestão de Johnsson até o fim, Stresser se distanciou do grupo político do ex-prefeito e se uniu à Rutz, que também havia participado da ex-gestão como secretário de Finanças.

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