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A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ) acatou na tarde de quinta-feira (16), por dois votos a um, denúncia do Ministério Público do Paraná (MP) e determinou o afastamento do prefeito de Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba, Amauri Cesar Johnson (PSC). O texto do MP, encaminhado ao TJ em março deste ano, acusa Johnson de desvio de verbas, fraudes licitatórias e formação de quadrilha, e estima que o prefeito causou prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres do município.

Apesar da decisão, Johnson permanece no cargo, segundo seu advogado Renato Cardoso de Almeida Andrade. Como o prefeito ainda não recebeu nenhuma notificação da Justiça, o advogado não quis comentar a decisão. "Vamos aguardar a publicação do acórdão no Diário da Justiça para saber o teor desse texto", explica. "Assim que a decisão for publicada, entraremos com recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)", adianta.

Johnson, que foi candidato à reeleição no pleito do dia 5, acabou perdendo a disputa eleitoral para o rival Adel Ruts, do PP, que teve 65,11% dos votos válidos, e assume no dia 1º de janeiro de 2009. Caso perca mesmo o mandato antes do fim do ano, Johnson dá lugar ao vice-prefeito, Emerson Caxa (PMDB), que, diferente do prefeito, conseguiu ser reeleito vice, desta vez na chapa de Ruts.

Viagem

Na mesma semana em que foi derrotado, conforme reportagem do telejornal Paraná TV, o prefeito viajou, e os serviços públicos no município ficaram paralisados.

No dia 9, em entrevista ao telejornal, Johnson disse que seu desaparecimento da cidade ocorreu por uma questão de segurança. Segundo o prefeito, quando o resultado da eleição foi divulgado, ele teria se sentido ameaçado, porque muitas pessoas soltaram rojões em frente à casa dele. Sobre a paralisação dos serviços, disse ainda que deixou todos os secretários em serviço e sabendo o que deveriam fazer. "Os problemas existem no mundo inteiro e Rio Branco não é diferente", afirmou na ocasião.

Nesta sexta-feira (17), segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Rio Branco do Sul, Johnson trabalhou normalmente, mas não pôde falar com a reportagem. A prefeitura negou todas as acusações da população mostradas pelo Paraná TV, afirmando que os serviços públicos municipais tiveram problemas pontuais, que foram resolvidos imediatamente.

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