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A Câmara Municipal de Guaratuba, no litoral do Paraná, arquivou ontem o pedido de cassação do prefeito Miguel Jamur (PTdoB). Dos nove vereadores, quatro votaram a favor do prefeito e cinco contra. Mas, como eram necessários seis votos para a cassação, Jamur foi absolvido. Ele também escapou da condenação de outras 87 denúncias que pesavam contra sua gestão à frente da prefeitura.

A sessão na Câmara Municipal de Guaratuba ocorreu depois da derrubada da liminar obtida por Jamur que impedia que fosse votado o pedido de cassação. Ainda no fim da tarde, antes mesmo de saber do resultado na Câmara, Jamur já se mostrava tranqüilo. "É um julgamento político. Se eu for cassado, vou à Justiça e volto em cinco dias", comentou por telefone, ainda no gabinete da prefeitura.

Jamur alegou inocência em todas as 87 denúncias que pesavam contra ele. Sobre a acusação de que teria usado dinheiro do Instituto de Previdência de Guaratuba para pagar contas da prefeitura, o prefeito afirmou que fez um empréstimo no valor de R$ 3,5 milhões e que as parcelas estão sendo pagas. Pela lei, o dinheiro deveria ser usado apenas para pagar aposentadorias e pensões.

O prefeito de Guaratuba acusou ainda o presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, o deputado Nelson Justus (DEM), de integrar um movimento para tirá-lo da prefeitura. "Ele está ressentido comigo porque eu não o apoiei na última eleição", disse.

Outro suposto "membro" do movimento seria um advogado que ocupava uma secretaria municipal. Esse advogado, segundo Jamur, foi exonerado do cargo depois de ser preso pela Polícia Federal. "Ele (o advogado) era meu secretário, mas depois que foi preso eu o exonerei do cargo", disse. "É uma retaliação."

Justus, por telefone, rebateu a acusação de Jamur. "Não existe isso. Gostaria que ele permanecesse no cargo para o povo cassá-lo nas urnas", disse. Sobre as denúncias que pesam contra Jamur, o deputado foi categórico: "É um coitado que deveria estar preso". O advogado não foi encontrado para comentar a acusação feita pelo prefeito.

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