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Quando os prefeitos da região metropolitana terminarem seus mandatos, em 2008, terão que entregar para a próxima gestão uma solução para o problema do depósito de lixo. O aterro sanitário de Curitiba, que recebe lixo de 15 municípios da região metropolitana, terá sua capacidade esgotada no final de 2008.

Em maio do ano passado, o aterro esgotou sua capacidade, mas uma obra emergencial de ampliação deu uma sobrevida ao depósito. Com a ampliação, acabaram-se as possibilidades de novas intervenções no locai.

O Ministério Público do Paraná está cobrando, desde o início deste ano, um plano dos municípios do estado para aumentar o recolhimento do lixo reciclável e implantar a compostagem, sistema que transforma o lixo em adubo. "Temos que mudar o conceito. Estamos formando pilhas de lixo e não buscando soluções efetivas", diz o procurador-chefe da promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato Santos. Ele acredita que o adubo formado poderia ser colocado em áreas degradadas do estado, canteiros, praças e outras áreas públicas.

A promotoria do Meio Ambiente cobra trimestralmente o relatório da coleta de lixo das prefeituras no Paraná. Em todo o estado, os municípios da região de União da Vitória estão saindo na frente na instalação de compostagem.

Na região metropolitana de Curitiba, os prefeitos dizem que estão se esforçando para aumentar o recolhimento do material reciclável, mas a compostagem ainda é um plano distante. "A opção seria a usina de compostagem, que está nos nossos planos. Agora a cidade está investindo no aumento da coleta de lixo reciclável", diz o prefeito de Colombo, José Camargo.

Almirante Tamandaré deve sair na frente entre os municípios da região metropolitana para o início da compostagem. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente está responsável pelo projeto, que deve ser implantado em 2006. "Pelo projeto, no ano que vem começamos a fazer compostagem de 20 das 80 toneladas recolhidas por semana", diz a secretária do Meio Ambiente, Jocélia Alves Fonseca. A prefeitura de Tamandaré ainda está em campanha para aumentar a coleta do material reciclável. Em janeiro serão instaladas 140 lixeiras de coleta seletiva para ser colocada em escolas e prédios públicos. Hoje são recolhidas 12 toneladas por mês, mas a estimativa é que 40% do que vai para o aterro da Caximba poderia ser destinado para a coleta seletiva.

Em Araucária, a quantidade de materiais recicláveis enviada para o aterro sanitário da Caximba neste ano diminuiu pela metade em relação ao mesmo período de 2002. Para a integrante da equipe de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Fabiene Charvet Inckot, os carrinheiros também estão exercendo um papel fundamental. "Eles são responsáveis pela coleta de em média 180 toneladas de materiais recicláveis por mês". A coleta seletiva da prefeitura recolhe em torno 12 toneladas na área urbana e 6,5 na rural mensalmente.

Curitiba também vai retomar sua campanha para coleta de material reciclável. Hoje, a prefeitura estima que 40% do lixo que chega ao aterro é de materiais que poderiam ser reciclados, outros 40% é matéria orgânica (que poderia ser transformada em adubo) e apenas 20% é material que efetivamente não tem como ser reaproveitado. A nova campanha, que deve começar em janeiro, prevê a inserção, em jornais, rádios e na televisão, de propagandas educativas. (DN)

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