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Alberto Klaus: negócios que mantém com a prefeitura podem ser suspensos | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Alberto Klaus: negócios que mantém com a prefeitura podem ser suspensos| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Um contrato firmado entre a Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba e a Construtora Iguatemi, cujos donos são familiares de Alberto Klaus, presidente municipal do PP, revela que a prefeitura manteve mais negócios com a empreiteira do que até então vinha sendo informado pela administração municipal. O contrato em questão é de 22 de novembro de 2005 e teve dois aditivos que somam R$ 765,53 mil – um em dezembro de 2006 e o outro em fevereiro do ano passado.

O levantamento foi feito pelo deputado estadual Tadeu Veneri (PT), que consultou o Diário Oficial do Município, disponível no site da prefeitura. Como a consulta on-line restringe a pesquisa de março de 2006 até fevereiro de 2009, não foi possível identificar o serviço previsto nessse contrato (de 2005) vencido pela Iguatemi, assim como o valor total da licitação.

"A prefeitura ainda não emitiu uma nota oficial sobre o caso. Uma hora fala o procurador (geral do município), outra a assessoria da prefeitura. É hora de parar de falar e apresentar documentos, notas de pagamento", disse o petista.

Até então, a prefeitura de Curitiba havia informado a existência de seis contratos firmados desde 2003 com a Iguatemi, o que representou um repasse de R$ 5,526 milhões. As informações haviam sido repassados ao deputado Veneri, que havia apresentado um requerimento pedindo as informações.

Quatro desses contratos ainda estão vigorando e devem ser encerrados num prazo de até 60 dias – quando as obras serão entregues e pagas pela prefeitura, num montante de cerca de R$ 5 milhões. Com a Cohab, a Iguatemi mantém dois contratos. Há ainda um com a Secretaria de Obras Públicas e outro com a Urbs. Na resposta ao requerimento de Veneri sobre os contratos da prefeitura com a Iguatemi, o município informou que desconhecia qualquer outro contrato, além dos seis informados oficialmente.

Ontem, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que deve ter havido uma falha interna no levantamento feito para atender às solicitações do deputado petista.

Evidência

A Construtora Iguatemi ficou em evidência depois da divulgação de um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TC) que apontava indícios de fraude documental supostamente apresentada pela empresa numa licitação pública da prefeitura, feita em 2006. A Iguatemi não venceu a licitação, mas foi subcontratada pela Catedral Construções, que ganhou a concorrência – numa afronta à Lei de Licitações.

Desde então, a prefeitura estuda a possibilidade de romper os quatro contratos ainda vigentes com a Iguatemi. Nesta semana, a Procuradoria-Geral do Município deve concluir um parecer que vai selar o futuro desses contratos. Há dois requerimentos que podem declarar inidôneas tanto a Iguatemi quanto a Catedral – o que as impediria temporariamente de contratar com o poder público.

Além disso, a Plena Corretora de Seguros – outra empresa pertencente familiares de Klaus (no caso, Muriel Klaus, filho do presidente do PP) – já foi informada que não terá o contrato renovado com a prefeitura. O contrato termina no dia 1º de abril, mas a prefeitura informou que não vai renová-lo porque a empresa não teria cumprido as metas.

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