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Refinaria de Abreu e Lima: 16,8% de sobrepreço e não 3%. | Divulgação/Petrobras
Refinaria de Abreu e Lima: 16,8% de sobrepreço e não 3%.| Foto: Divulgação/Petrobras

moro defende prisão

O juiz Sergio Moro defendeu em ofício, encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a manutenção da prisão do empresário Marcelo Odebrecht. Segundo Moro, os indícios de pagamento de propina pela construtora Odebrecht e pela Braskem, duas empresas do grupo, remetem à responsabilidade de “alguém com poder de gestão sobre as duas”.Para Moro, se não concordasse com os crimes, a Odebrecht poderia ter buscado acordo de leniência.

Um laudo feito por peritos da Polícia Federal (PF) em um dos contratos da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco reforçou as suspeitas de que o superfaturamento nas obras investigadas pela Operação Lava Jato é muito superior aos 2% ou 3% admitidos pelos delatores do esquema e pela própria direção da estatal. No documento, enviado nea terça-feira (7) à Justiça, os peritos afirmam que um “conluio” das empreiteiras impôs um sobrepreço de 16,8% ao contrato da Abreu e Lima e que foi estabelecido “um modus operandi sofisticado, planejado para dissimular o relacionamento do consórcio com empresas operadoras de lavagem de capitais”.

A obra, para construir a unidade de coqueamento da refinaria, foi feita por um consórcio liderado pela Camargo Corrêa. O contrato valia R$ 4,5 bilhões. E o sobrepreço chegou a R$ 648,5 milhões.

A PF prepara laudos sobre outras obras investigadas na Lava Jato, com o objetivo de apurar o real prejuízo que o esquema gerou à Petrobras.

Segundo o delegado da PF Igor Romário de Paula, o prejuízo dos contratos da Lava Jato pode chegar a 20% do valor dos contratos, muito acima do que era admitido. O delegado estima que, no final, a soma do superfaturamento chegue a R$ 19 bilhões.

Outro lado

O consórcio liderado pela Camargo Corrêa, em nota, afirmou que “não procede a acusação de sobrepreço”, e diz estar prestando esclarecimentos às autoridades a respeito.

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