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As duas mulheres condenadas no processo do mensalão, Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, e Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da agência de publicidade SMPB, deverão ser transferidas para a penitenciária feminina Estevão Pinto, em Belo Horizonte, "nas próximas 24 horas". A informação é do advogado de Simone Vasconcelos, Leonardo Isaac Yarochewsky, que, às 16h30 desta terça, embarcava em Brasília para Belo Horizonte. Ele não disse como será feita a transferência, se de avião ou de carro.

Yarochewsky afirmou ter enviado para a Vara de Execuções do Distrito Federal e para o Supremo Tribunal Federal (STF) declaração da Secretaria de Defesa Social do governo de Minas Gerais informando que há vagas no presídio feminino para o cumprimento da pena aplicada às duas condenadas.

Foi feito contato com a Secretaria de Defesa Social, segundo o governo, para se certificar da existência das vagas e logo depois o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, autorizou a transferência das presas. Não se sabe ainda oficialmente quando as transferências serão realizadas.

Segundo a assessoria da secretaria, a penitenciária Estevão Pinto deve ser o lugar onde elas cumprirão as penas.Localizada na região leste de Belo Horizonte, a penitenciária tinha em setembro 358 presas. A capacidade do presídio é para 374 mulheres. Lá há celas individuais e coletivas, escola, trabalho, e as visitas são intimas e sociais.

A medida da cela individual é de 27 m2 e tem banheiro com vaso sanitário, chuveiro e uma cama. O banho é frio. A secretaria não soube dizer se elas dividirão um mesmo espaço ou se ficarão desde a chegada em celas individuais.

Na segunda (2), as duas presas, que estavam num batalhão da Polícia Militar no complexo penitenciário da Papuda, foram transferidas para o Presídio Feminino do Distrito Federal, conhecido como Colmeia. A transferência desagradou à defesa de Simone, já que a Procuradoria-Geral da República havia se pronunciado a favor da transferência delas para Belo Horizonte.A determinação para a transferência do batalhão da PM para a Colmeia havia sido dada pela Vara de Execuções do Distrito Federal na quinta-feira passada.

No mesmo despacho que as transferiu para a Colmeia, três juízes da vara de execuções determinaram o fim de algum tratamento desigual concedido aos presos do mensalão.Na sexta-feira, segundo Yarochewsky, ele já havia informado sobre a existência das vagas, o que tornaria desnecessária essa transferência para a Colmeia. Infelizmente, o juiz da Vara de Execuções fez tudo muito às pressas", disse.

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