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O presidente da Alstom no Brasil, Marcos Costa, disse ontem que a empresa não pagou propina para obter contratos com o governo de São Paulo. Costa afirmou que as consultorias contratadas pela Alstom prestaram serviços à empresa e que receberam em função deles. "Contratamos consultores reconhecidos no mercado, que prestaram serviços e receberam em função deles", defendeu.

A multinacional francesa é uma das empresas investigadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no procedimento aberto após a Siemens delatar a existência de cartel em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A Alstom é suspeita de recorrer a lobistas e pagar propina a funcionários públicos para obter contratos nas áreas de energia e transporte. Esse pagamento era intermediado por empresas de consultorias contratados pela multinacional francesa. A declaração foi dada em depoimento à CPI do Transporte Público da Câmara Municipal de São Paulo.

Processo

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou ontem que vai processar lideranças do PSDB que o criticaram por encaminhar à Polícia Federal um documento de um ex-diretor da Siemens, que aponta suposto envolvimento de tucanos em uma empresa de consultoria que intermediaria o esquema do cartel da construção do metrô de São Paulo. Segundo Cardozo, o chamaram de "sonso, membro de quadrilha, vigarista".

O ministro disse que esteve com a presidente Dilma Rousseff, que teria dado liberdade para processar os tucanos. "Ela me deu total liberdade para conduzir esse caso", afirmou.

Ainda em relação aos questionamentos sobre a tradução do documento do ex-diretor da Siemens, Cardozo disse que não está descartado que se tenha retirado informações do texto para se enviar a Siemens e não o contrário, como sugerem os tucanos. Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), houve uma "fraude e uma falsificação visíveis" nos documentos que fazem parte da investigação da Polícia Federal sobre o metrô paulista. Segundo ele, a missão do ministro deveria ser tentar desmontar a fábrica de dossiês e permitir que a PF faça as apurações não apenas do metrô em São Paulo, mas em Salvador e Porto Alegre.

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