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Mesmo com a extensão do prazo por mais 60 dias para a conclusão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas (CPI dos grampos), o presidente da comissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), propôs o indiciamento dos delegados Paulo Lacerda e Prótogenes Queiroz, além de Milton Campana e do banqueiro Daniel Dantas.

"Já deixei um voto com o relator, mesmo antes de analisar os documentos que chegaram agora na CPI, pedindo o indiciamento dos delegados Paulo Lacerda (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin), do Prótogenes [Queiroz], do Milton Campana (ex-diretor-adjunto da Abin), porque mentiram perante a CPI, dizendo que as atividades desenvolvidas foram informal com quatro ou seis agentes, quando na verdade ela foi totoalmente formal com agentes da Abin", disse.

Sobre o pedido de indiciamento do banqueiro Daniel Dantas, Itagiba informou que ele se deve em função da denúncia do senhor Paulo Marinho, que diz que foi contratada pessoa para fazer interceptação no seu telefone particular.

O presidente da CPI disse que foram prestados vários depoimentos comissão contrariando os depoimentos dos diretores da Abin, dizendo que eles [servidores da Abin] compulsaram e mexeram em documentos por determinação do delegado Prótogenes e se envolveram nessa operação por determinação da cupula da Abin.

"Foi estabelecido aqui pelo delegado Paulo Lacerda e pelo seu substituto, Milton Campana, e pelo delegado Prótogenes que tudo não passou de uma colaboração informal de uma ação entre amigos para se fazer uma investiação, quando na verdade a CPI já conseguiu comprovar que tudo isso foi uma ação indevida, uma ação inocorreta e porque não dizer que foi uma ação ilegal por parte da Abin, quando atua como policia judiciária", disse Itagiba.

Questionado se o Brasil vive um estado policialesco, Itagiba afirmou que "a CPI está desvendando não um estado policialesco, mas alguns policiais que se acham acima das normas e das leis e, por causa disso, atuam de forma a que os fins justificam os meios empregados, e no Estado Democratico de Direito nós não podemos trabalhar dessa forma."

Sobre a proposta de acareção do delegado Prótogenes Queiroz, o presidente da CPI entende que a acareção deve ser feita o quanto antes, principalmente entre o delegado e as pessoas que desmentiram o seu depoimento CPI.

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