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José Dirceu (dir.) pediu para movimentos sociais defenderem o PT na ação do mensalão e virou estrela no congresso da CUT | Marlene Bergamo/Fohapres
José Dirceu (dir.) pediu para movimentos sociais defenderem o PT na ação do mensalão e virou estrela no congresso da CUT| Foto: Marlene Bergamo/Fohapres

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, associou ontem o mensalão a uma suposta tentativa de golpe contra o ex-presidente Lula. Ele relembrou o episódio do mensalão ao falar, durante o congresso nacional da entidade, sobre a destituição do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo: "Esse ataque à democracia pode acontecer no Brasil. Ou não foi isso que tentaram neste país em 2005? Ou não tentaram depor e derrubar o presidente Lula com o apoio da imprensa?".

A declaração de Henrique ocorre cerca de um mês após o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, réu do processo do mensalão, convocar movimentos sociais a defender os acusados nas ruas contra o que chamou de "monopólio da mídia" para condená-los. Ontem, Dirceu esteve no encontro da CUT e virou "estrela" do evento, posando para fotos.

Henrique afirmou que os setores conservadores não precisam mais de "velhas formas" para derrubar presidentes eleitos democraticamente. "Basta aprofundar o processo eleitoral elegendo um Congresso conservador para se utilizar da legislação para derrubar um presidente." E ressaltou que a CUT vai defender o governo Lula: "Não temos vergonha de defender o que foi feito no governo do presidente Lula", disse Henrique.

O mensalão, em 2005, foi o maior escândalo do governo Lula. O episódio derrubou José Dirceu e dirigentes do PT como o ex-tesoureiro Delúbio Soares. O processo, que tem 38 réus, está com julgamento marcado para começar em 2 de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF).

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