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O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, disse nesta segunda-feira (2) no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, que neste fim de semana "a malha aérea do país inteiro foi para o espaço".

O aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, foi fechado na noite de sexta-feira (29) por causa de um forte nevoeiro. Durante todo o fim de semana, aeroportos de todo o país sofreram um "efeito cascata" e registraram atrasos e cancelamentos. No sábado (30), o percentual de vôos com mais de uma hora de atrasos chegou a 45,2%. No domingo (1º), até as 19h30, 36% dos vôos tiveram atrasos.

No Rio, Pereira admitiu a necessidade do Brasil ter um plano aeroviário consolidado. "A Infraero tem um plano, a Aeronáutica tem outro e a Anac, outro. Falta fechar esses planos para que sejam unificados", disse. Embora tenha afirmado que "é fácil fazer isso" para acabar com a crise, ele acredita que ainda vai levar um tempo para o plano ficar pronto. "Eu acredito que, se trabalhando pesado, em um ano teremos um plano de vôo completo."

O brigadeiro defendeu, no entanto, a elaboração de um plano parcial que possa ser posto em prática imediatamente para resolver os problemas mais críticos. "Defendo a tese de que comece a fazer esse plano pela área crítica e, na medida que houver o consenso, a gente coloque parte do plano em execução."

Vôo atrasado

O presidente da Infraero confirmou que seu vôo partiu de Brasília com três horas de atraso nesta segunda. Ele tinha uma viagem marcada para o Rio às 7h e o avião só decolou às 9h59. "Cheguei atrasado", disse ele, referindo-se ao encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no novo terminal de embarque do Aeroporto Santos Dumont. "O único vôo que atrasou três horas foi o meu", garantiu.

"Muita gente ficou irritada, eu também, mas faz parte. Esse já é o meu terceiro ou quarto vôo que tem atraso", comentou. "Isso precisa ser corrigido. Hoje, foram 140 pessoas irritadas. Mas, 5 mil pessoas irritadas, como aconteceu no Brasil, aí a coisa fica realmente dramática."

Pereira afirmou ter sofrido como todos os outros passageiros e apenas riu quando foi questionado se relaxou, como sugeriu a ministra do Turismo, Marta Suplicy, em declarações à imprensa há algumas semanas.

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