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O novo presidente da Infraero, Sérgio Gaundenzi, está decidido a exonerar pelo menos cerca de 100 funcionário da estatal, que entraram na empresa sem concurso público. Responsável pela administração de 67 aeroportos em todo o país, a Infraero abriu as portas para os apadrinhados e, nos últimos anos, se especializou em contratar sem concurso.

Ao mesmo tempo em que os cargos mais elevados eram preenchidos por indicações políticas, a direção da empresa usava uma brecha legal para dar emprego e altos salários a mais de 200 pessoas.

Os apadrinhados entraram para a estatal pela janela dos chamados contratos especiais de trabalho, um instrumento utilizado pelo atual governo para inflar o quadro de pessoal da empresa.

As demissões, segundo Gaudenzi, vão servir para cumprir uma norma interna que já existe e limita esse tipo de contratação a 1% do quadro de funcionários, atualmente em 10.650. Isso significa que a Infraero só deveria ter 106 casos de contratação especial. Na semana passada, Gaudenzi recebeu uma lista com 207 nomes. E ao lado deles salários de R$ 11 mil (nível I) e R$ 9,2 mil (nível II).

- Vamos fazer um trabalho para rapidamente retornar ao teto. Quero ter no máximo 120 pessoas nessa situação - disse Gaudenzi, que levou em conta uma estimativa de que a estatal teria 12 mil servidores.

Como o regulamento de pessoal da Infraero não prevê parâmetro para a contratação dessas pessoas, a estatal virou um verdadeiro cabide de emprego para pessoas sem e com qualificação. É possível encontrar na lista advogados, motoristas, secretárias, atendentes. Na maioria, indicações políticas para acomodar parentes.

Fontes da empresa também denunciam a promoção de funcionários de carreira sem a qualificação necessária para atender a interesses. Um exemplo seria a promoção do dirigente sindical Alberto Carvalho, que ganhava R$ 2,4 mil. Ele exerce cargo de confiança na assessoria política do aeroporto de Guarulhos, com salário acima de R$ 10 mil.

Jilson da Hora também é dirigente sindical promovido ao posto de assessor. Ele foi transferido de Brasília para Manaus, depois para Aracaju e voltou para a sede. O pagamento de salários elevados atingiram ainda telefonistas e secretárias.

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