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Em entrevista coletiva organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nesta sexta-feira, Dom Aldo Pagotto, presidente da Pastoral Social da CNBB, fez duras críticas ao programa Bolsa Família, tido como carro-chefe da área social do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Para o religioso, da forma como está sendo administrado pelo governo, o programa é assistencialista e acaba levando o beneficiário a se acomodar.

- Não estamos muito satisfeitos com o programa como está. No Nordeste existem pessoas que não querem trabalhar porque se contentam com o mínimo. As pessoas precisam ser inseridas no mundo do trabalho. A capacitação não pode ser só pelas universidades, mas é preciso investir em educação profissionalizante para os trabalhos. Do modo como está sendo levado, (o Bolsa Família) é um programa assistencialista que vicia. É só uma ajuda pessoal familiar. O povo tem que se organizar. Do jeito como está, levou à acomodação e ao empanzinamento - criticou Dom Aldo Pagotto.

Perguntado se a posição de Dom Aldo Pagotto era a mesma da CNBB, o presidente da entidade, dom Geraldo Magela, afirmou que o bispo também falava pela conferência.

Na entrevista, a CNBB anunciou ainda que pretende propor a realização de um plebiscito sobre a privatização da Vale do Rio Doce. Dom Geraldo elogiou a atuação de Lula da campanha eleitoral, quando o petista incluiu na campanha a discussão sobre as privatizações. O bispo acrescentou que esse assunto não pode ficar restrito à campanha. Tem que voltar a ser debatido em 2007.

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