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O discurso do petista vai refletir o tom de um documento que está sendo produzido pela cúpula do PT em defesa do ex-presidente e de seu governo. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
O discurso do petista vai refletir o tom de um documento que está sendo produzido pela cúpula do PT em defesa do ex-presidente e de seu governo.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta quarta-feira (28) que o filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofre “perseguição inominável e inexplicável” em uma tentativa de atingir o PT, a presidente Dilma Rousseff e o próprio Lula. Segundo Falcão, a suposta perseguição é feita por “setores da mídia, setores da oposição e, porque não, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e do Judiciário”.

O discurso do petista vai refletir o tom de um documento que está sendo produzido pela cúpula do PT em defesa do ex-presidente e de seu governo. A resolução, que contará com pedido de mudança urgente na política econômica do país, teve o texto base fechado pela executiva do partido nesta quarta, mas só será aprovado e divulgado no encontro do diretório nacional da legenda, nesta quinta-feira (29), com a presença de Lula.

Diante da mais grave crise de sua história, o PT vai produzir um documento para estimular a militância a sair em defesa do partido baseado na tese de que há uma perseguição direcionada para atingir as grandes lideranças petistas, em especial, o ex-presidente.

O texto vai repetir a ideia ressonada pelos dirigentes do partido de que a oposição “não soube perder” as eleições e agora insiste em um “golpe” contra o governo.

“Há uma campanha direcionada para atingir o PT, a Dilma e o Lula. É nítido isso”, afirmou Falcão. “As eleições têm que ser valorizadas e, de uma vez por todas, quem ganha tem que levar, senão você cria uma instabilidade institucional tão grande que o país fica ingovernável”, completou após participar da reunião da executiva nacional do PT, em Brasília.

Nesta segunda-feira (26), a PF realizou mandado de busca e apreensão nos escritórios que sediam a LFT Marketing Esportivo e Touchdown Promoção Eventos Esportivos, empresas de Luis Cláudio Lula da Silva, filho caçula de Lula. A busca foi feita no âmbito da Operação Zelotes, que investiga um esquema de pagamento de propina a integrantes do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), vinculado ao Ministério da Fazenda.

A empresa do filho de Lula é suspeita de ter recebido repasses da Marcondes & Mautoni, firma de lobistas que atuaram na aprovação de uma medida provisória que prorrogou a isenção de imposto para a indústria automobilística. A Marcondes pagou R$ 2,4 milhões à empresa de Luis Cláudio.

Questionado sobre o montante, Falcão afirmou que o filho do ex-presidente recebeu “por serviços que prestou” e “tem notas” que comprovam a movimentação. Os recibos, porém, ainda não vieram a público e o presidente do PT disse que não é Luis Cláudio quem precisa provar que é inocente, mas sim quem o está acusando “precisa provar” que ele é culpado.

Para Falcão, a ação foi “arbitrária”, visto que a PF investiga “um monte de tubarão” e quer “ir atrás de um peixinho que sequer tem provas contra ele”. Nos bastidores, Lula criticou a “falta de controle” do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) sobre a PF e tem defendido junto a Dilma a troca do titular da pasta. A presidente, porém, resiste.

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