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Presidente Dilma: aqui no blog é com "e". Só para irritar a Marta. | Divulgação
Presidente Dilma: aqui no blog é com "e". Só para irritar a Marta.| Foto: Divulgação

Porto Alegre - A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em Porto Alegre, que a oferta do governo para o salário mínimo está mantida nos R$ 545 e que uma discussão simultânea do reajuste da tabela do Imposto de Renda nas negociações "não é correta".

A metodologia do acordo firmado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê como índice a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes do aumento e mais a inflação do ano corrente. "O que nós queremos saber é se as centrais querem ou não a manutenção desse acordo pelo período do nosso governo", avisou. "E, se querem, o que nós propomos é R$ 545."

Dilma também dissociou a discussão do aumento do salário mínimo da correção da tabela do Imposto de Renda. "Jamais damos indexação inflacionária, por isso não concordamos com o que saiu nos jornais e era dito por várias pessoas, inclusive pelas centrais, que o reajuste, se houvesse, da tabela do Imposto de Renda, fosse feito pela inflação passada", ressaltou a presidente.

"No que se refere a esse reajuste, teria sempre de olhar não a inflação passada, porque isso seria carregar a inércia inflacionária para dentro de uma das questões essenciais que é o Imposto de Renda", completou, para lembrar que "o que foi dado sempre foi uma mudança baseada na expectativa de inflação futura", citando que, nesse caso, o índice é de 4,5%.

Sem ser direta, Dilma deu a entender que não são desencontradas as informações de seus ministros Guido Mantega, da Fazenda, que negou estudos para a correção da tabela do Imposto de Renda, e Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, que trata do assunto com as centrais sindicais. "Jamais discutimos dentro dos últimos oito anos e também não discutiremos a partir de agora qualquer política de indexação", reiterou. "O mi­­nistro Mantega falou nessa direção".

Reação

O presidente da Força Sin­dical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, reclamou das declarações de Dilma. "Não estou entendendo muito essa conversa do governo, principalmente da presidente Dilma. Se as negociações não continuarem e não houver acordo, o único caminho será o confronto no Con­gresso", afirmou ele, que é deputado federal pelo PDT de São Paulo.

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