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A onda de violência que assola o estado de São Paulo desde sexta-feira teria tido reflexos em pelo menos dois estados nesta segunda-feira: Mato Grosso do Sul e Paraná. A principal facção criminosa que domina os presídios paulistas teria orientado presos nesses estados a também deflagrar rebeliões. O governo do Paraná, porém, nega que as rebeliões no estado tenham relação com as ações de terror em São Paulo.

No Mato Grosso do Sul, terminaram as rebeliões em Campo Grande, mas em Dourados, no sul do estado, ainda há presos amotinados, diferentemente do que chegou a ser divulgado pelo secretário de Segurança. Ainda há 6 reféns e 123 parentes de detentos dentro da unidade. De acordo com as primeiras informações, 10presos serão transferidos para a sede da Polícia Federal no município.

No Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, na capital Campo Grande, onde um preso foi decapitado na manhã desta segunda-feira, a polícia assegurou que não usará de violência contra os presos, que já retornaram às suas celas. Os agentes penitenciários, no entanto, se recusam a retornar ao trabalho e pedem a transferência de pelo menos 500 presos.

De manhã, terminaram as rebeliões em unidades prisionais de Corumbá e Três Lagoas.

Foram registrados ataques a ônibus também em Minas Gerais e na Bahia , mas as autoridades locais não vêem ligação entre os casos e os atos de terror na capital paulista.

Na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, os rebelados fizeram domingo 180 pessoas reféns, a maioria mulheres e crianças. O presídio apresenta superlotação: há 1.300 detentos, mas a capacidade é de 366. O agente penitenciário Vitor Solano, um dos reféns libertados esta manhã em Campo Grande, disse ao telejornal "Bom Dia MS" que apanhou muito.

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