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Um preso com autorização judicial para passar o feriado do Dia dos Pais com a família foi preso logo após passar pela porta do presídio. Contra o detento havia um ordem de prisão, em que ele é acusado de comandar alguns dos ataques promovidos pelo crime organizado desde segunda-feira no estado.

Ciro Aparecido Correia foi levado à delegacia de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Ele foi detido na manhã desta sexta-feira após deixar o presídio de Franco da Rocha. Ele pertence a uma quadrilha que promoveu ataques desde segunda-feira na zona sul, segundo a polícia.

- Ele cumpria pena em regime semi-aberto e ficava fora durante o dia. Ele dava ordens e participava ativamente da organização criminosa - disse o delegado Erasmo Pedroso.

Outros cinco integrantes do bando foram presos, entre eles duas mulheres. Um dos suspeitos morreu no litoral sul em confronto com a polícia.

São presos como Ciro que o Ministério Público ainda tenta impedir de ir para a rua. A Justiça recebeu a lista com o nome de 113 detentos ligados ao crime organizado, mas que têm direito ao indulto do Dia dos Pais.

O comandante-geral da Polícia Militar do estado de São Paulo, coronel Eliseu Eclair, disse que na opinião dele, esses presos não deveriam sair.

O número total de detentos que vão ganhar liberdade no próximo final de semana, não foi divulgado, mas pode passar de 10 mil

Para ter direito ao indulto, o preso deve cumprir pena em regime semi-aberto, ter bom comportamento e cumprido 1/6 da pena.

No interior e litoral sul, os presos começaram a sair nesta quinta-feira. Calcula-se que entre 3 mil 4 mil tenham deixado as cadeias. Eles saem sozinhos ou em grupos. Em alguns presídios, as famílias alugaram até ônibus para ir ao encontro deles.

- Meu filho vai ficar o tempo comigo. Nada de más companhias ou andar sozinho. Não quero que ele faça nada de errado - disse Lena Pereira, mãe de um detento.

Quem recebeu a permissão para passar o final de semana em casa deve voltar até segunda-feira. O benefício é concedido, mas uma parte dos presos aproveita para fugir.

- O índice de presos que não retornam fica em torno de 5% a 10% - diz Sergio Manzina, do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.

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