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Ter popularidade e personalidade. Saber se comunicar. E ter a sabedoria de diferenciar o trabalho na área social de assistencialismo. Essas são características essenciais a uma primeira-dama para que ela possa ajudar o marido na administração. Porém, há outro ingrediente fundamental: saber se afastar ou calar-se quando está aparecendo demais para não ofuscar o esposo.

Algumas primeiras-damas, porém, têm conseguido se destacar tanto a ponto de alçar vôos maiores. Hillary Clinton, esposa do ex-presidente Bill Clinton, hoje é uma das mais fortes pré-candidatas para as eleições presidenciais dos Estados Unidos.

O caso mais recente é o de Cristina Kirchner, mulher do presidente da Argentina, Néstor Kirchner, eleita para suceder ao marido. Antes dela, os argentinos já haviam tido outras duas primeiras-damas poderosas: Evita Perón e Isabelita Perón, ambas esposas do ex-presidente argentino Juan Domingo Perón. Embora Evita tenha sido a mais adorada pelos argentinos, foi Isabelita que chegou a ser presidente, na década de 70.

Para a socióloga e cientista política Maria Lúcia Barbosa, na política o que vale não é o fato de ser homem ou mulher. "Como dizia Indira Gandhi (ex-primeira-ministra da Índia): ‘Não sou uma mulher no poder, sou uma pessoa no poder’. E o fundamental é que haja competência, integridade, visão do bem-comum e que (o dirigente) não seja corrupto."

Porém, segundo Maria Lúcia, no Brasil e no Paraná as primeiras-damas sempre apagadas. Para ela, isso sempre ocorreu para não ofuscar o brilho dos maridos. Mas a socióloga aprova o fato de uma mulher ser forte politicamente junto ao povo e ao marido. Mas teme que certas situações, como a de Cristina Kirschner, que sucederá Néstor Kirchner na Argentina, possam transformar-se em uma dinastia. "É impossível dizer que ele não vai governar com ela."

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