Privilégio

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O presidente da Assembléia Legislativa, Nélson Justus (PFL), deve indicar nesta semana a comissão especial para analisar a proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com a aposentadoria de ex-governadores. A emenda de Mauro Moraes (PMDB) depende de parecer para ser votada. A proposta proíbe a pensão vitalícia de R$ 24,5 mil, mas assegura o direito a Roberto Requião (PMDB) e ao senador Alvaro Dias (PSDB), que ainda não requereram o benefício.

Raros – Alvaro Dias afirmou que, entre ex-governadores, só ele e o cearense Ciro Gomes ficaram sem mandato por algum tempo e não deram entrada na aposentadoria. "No Paraná, sou o único. O Requião nunca ficou sem mandato", disse, ao apoiar o fim da pensão de ex-governadores. "É uma incoerência. Um trabalhador tem de estar anos em atividade para se aposentar e um governador, apenas quatro. Alguns ficam um mês no cargo e passam a receber aposentadoria. Isso não é certo."

Doação – Alvaro Dias afirmou que já pensou em pedir a aposentadoria e doá-la a uma instituição de caridade. "Mas não fiz para evitar especulações a respeito. Enquanto eu tiver mandato, não vou requerer aposentadoria como ex-governador. Quando eu ficar sem mandato, penso se vou pedir para doar", explicou o senador.

Gaveta – As seis CPIs que estão na fila da espera para serem instaladas na Assembléia Legislativa estão engavetadas. Os deputados temem desgaste político ao promover um "festival de CPIs". Existe consenso entre os líderes dos partidos e a mesa executiva de que a primeira que deve funcionar é a que trata de repasse de dinheiro público para ONGs, proposta pelo líder do PTB, Fábio Camargo. Ganhou força com as denúncias de irregularidades no repasse de R$ 5,1 milhões em 2005 e 2006 da Secretaria do Trabalho para ONGs.

Tira-teima – Como a oposição não ficou convencida com o balanço de 2006 do governo, que aponta um sobra de caixa de R$ 12 milhões no fim do ano passado, o deputado Reni Pereira (PSB) vai pessoalmente nesta semana à Secretaria da Fazenda. Quer ver de perto como foi feito o cálculo "mágico" em que os créditos a receber de R$ 227 milhões foram contabilizados como dinheiro em caixa. Para ele, o valor não poderia ser contado como ativo disponível. "Se ficasse fora da contabilidade, o governo teria fechado o ano no vermelho."

Caos – A comissão de Saúde da Assembléia vai promover em abril um debate com os diretores de hospitais dos 25 municípios da região metropolitana, Associação Médica e Conselho Regional para que apresentem um diagnóstico da situação na área. "Tenho recebido denúncias do descaso do governo em relação à região metropolitana, especialmente na saúde e segurança", justifica o presidente da comissão, Ney Leprevost (PP). O secretário Cláudio Xavier será convidado para ouvir as reivindicações.

Mexida – O prefeito Beto Richa (PSDB) deve fazer nos próximos 15 dias uma minirreforma no secretariado. A idéia seria um rodízio de secretários e troca de comando das regionais. Uma das pastas que podem sofrer modificações é a Secretaria de Esportes, ocupada por Raul Plassman. O PTB deve indicar o substituto. O prefeito também estaria disposto a abrir uma vaga para o PFL no Instituto Curitiba de Saúde, que estava sendo presidido por Augusto Canto Neto, que foi para o Ippuc.

Energia – O deputado federal Max Rosenmann (PMDB) foi eleito por unanimidade presidente da comissão especial da Câmara Federal criada para analisar o projeto de lei que dispõe sobre a política enérgica nacional e, mais especificamente, a comercialização e processamento do gás natural. O relator da comissão, presidida por Rosenmann, é o deputado João Maia (PR), do Rio Grande do Norte.

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"O padre confessou algo que está claro e que na minha administração eu não vou permitir. Pode não ter feito por maldade, mas está errado."

Nélson Garcia, secretário estadual do Trabalho, sobre seu antecessor, o petista Padre Roque Zimmermann (PT), que declarou publicamente dividir salários de funcionários para fazer "justiça social".

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Pinga-fogo

O deputado estadual Carlos Simões está de malas prontas para deixar o PTB ••• Pretende entrar no PR, que tem como único representante o pastor Edson Praczyk ••• O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, faz assédio insistente sobre o deputado federal Gustavo Fruet para que o tucano entre no partido ••• O PFL aguarda também a resposta do senador Osmar Dias (PDT) ••• Os deputados estaduais estão recebendo um manifesto assinado por todos os prefeitos da Associação do Médio Paranapanema (Amepar) ••• É uma moção de apoio para que o governador escolha o ex-deputado estadual José Maria Ferreira (PMDB) como futuro secretário estadual de Obras ••• A vaga vai ficar aberta daqui a 60 dias depois que Marcelo Almeida (PMDB) finalmente assumir uma cadeira na Câmara Federal graças à nomeação de Reinhold Stephanes no Ministério da Agricultura ••• A escolha do governador, no entanto, deve ser técnica e recair sobre um engenheiro.