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Xambioá, Tocantins - A procura por ossadas de guerrilheiros no Araguaia, que desde julho consumiu R$ 2,4 mi­­­­lhões, ainda não deu qualquer resultado. Ontem, as buscas pelos restos mortais de Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, um dos principais líderes da guerrilha não resultaram em nada. Devido à falta de homens para cavar e à dureza do solo, o grupo de geólogos, antropólogos e legistas que faz as buscas dos restos mortais de guerrilheiros decidiu estender a procura para hoje.

As escavações de ontem fo­­­ram feitas em um local onde o Exército montou uma base, em Xambioá (TO), no início dos anos 70. Elas foram paralisadas faltando três dos seis buracos que o grupo tinha marcado para cavar. Os­­­­valdão, desaparecido em 1974, foi um dos primeiros militantes do PCdoB a chegar à região do Bico do Papagaio – fronteira en­­­tre Pará, Maranhão e, hoje, To­­­cantins – para organizar o fo­­­co armado que tentou, entre 1972 e 1975, derrubar a ditadura.

A esperança de encontrar seus restos mortais era forte pois, dentre os que indicaram os locais de escavação, está o ho­­­mem que diz ter sido obrigado a enterrar Osvaldão – Josias Gonçalves, 68, um dos moradores da região que se uniram à guerrilha e acabaram presos.

As escavações devem parar nesta quarta-feira e serem retomadas no dia 18, indo até o final do mês, quando acaba o prazo dado pela Justiça pa­­ra a conclusão do trabalho. O governo, no entanto, já disse que pretende prorrogar as buscas.

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