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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, saiu em defesa nesta segunda-feira (3) do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux e disse que não houve "nada irregular" nos contatos dele com réus do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu, quando articulava sua indicação para o tribunal. Gurgel ligou a informação ao que chamou de campanha de desmoralização do Supremo e do Ministério Público patrocinada por "inconformados com o resultado do julgamento", que teria ainda tentado incluir o nome dele no relatório da CPI do Cachoeira do Congresso Nacional.

Reportagem da Folha de S.Paulo, publicada ontem, revelou que em campanha para o Supremo o ministro se reuniu com José Dirceu, o mais célebre réu do mensalão, além do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que também foi condenado no julgamento. "Fux, na entrevista, que concedeu demonstra que nada houve de irregular." Em meio à análise do processo, no qual tem sido implacável com os réus, os encontros com os petistas foram se espalhando no PT, na comunidade jurídica e repercutindo com pelo menos seis ministros do tribunal.

O procurador-geral, no entanto, minimizou as articulações de Fux e elogiou sua atuação no cargo, que ele ocupa desde fevereiro de 2011, tendo sido o primeiro ministro indicado pela presidente Dilma Rousseff para os tribunais superiores."A nomeação para o Supremo envolve contatos e o que o ministro Fux mostra é que nada de irregular foi feito. Fux é um magistrado exemplar que tem tido atuação exemplar na ação penal 470 [mensalão]", afirmou.

Questionado se o episódio teria relações com retaliações do PT, o procurador concordou. "Na verdade é que teremos ainda, mesmo após a conclusão do julgamento, algumas tentativas de desmoralização de pessoas do Supremo e do Ministério Público", disse. "Eu acredito que isso [se deve] prolongar por algum tempo. Digamos que são alguns inconformados com o resultado do julgamento", completou.

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