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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai encaminhar para a primeira instância a representação que pede uma investigação contra o ex-presidente Lula.Nesta segunda-feira (28), partidos da oposição protocolaram o pedido contra o ex-presidente por causa de uma reunião em que ele teria pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) o adiamento do mensalão.

DEM, PSDB, PPS e PSOL afirmam que Lula cometeu três crimes -tráfico de influência, corrupção ativa e coação no curso do processo judicial.Em nota, o PSDB afirmou que "os fatos narrados atentam violentamente contra a independência e a moralidade que devem pautar a atividade pública".

Gurgel encaminhará o caso para a procuradora-chefe da Procuradoria da República do Distrito Federal, Ana Paula Mantovani. Como ex-presidente, Lula não tem mais foro privilegiado.

Palestra Em meio à polêmica sobre uma suposta reunião com o ministro do STF Gilmar Mendes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará nesta quarta-feira para Brasília onde fará uma palestra.

Segundo a sua assessoria, o ex-presidente participará do 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento. O evento contará com a presença de ministros e representantes de governos de 30 países da América e da África.

O fórum é organizado pelo governo através do ministério do Desenvolvimento Social.Ontem, Lula negou ter tentado pressionar Gilmar Mendes a adiar o julgamento do mensalão.

Em nota, ele se disse indignado com o ministro e afirmou que o seu relato sobre a conversa que os dois mantiveram em abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim em Brasília, é "inverídico".

Segundo reportagem de sábado da revista "Veja", Lula teria dito a Mendes que seria "inconveniente" julgar o caso antes das eleições. O ministro reafirmou ontem o encontro.

Jobim, que já havia contestado o relato de Mendes no fim de semana, manteve a negativa em entrevista ao jornal "Zero Hora". "Foi uma conversa institucional, não teve nada nesses termos que a 'Veja' está se referindo."

De acordo com a revista, em troca do apoio ao adiamento, ele teria oferecido proteção na CPI do Cachoeira, que poderia vir a investigar as relações de Mendes com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).

"A reunião existiu, mas a versão da 'Veja' sobre o teor da conversa é inverídica", diz texto da assessoria de Lula.

A nota afirma que o ex-presidente "jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria-Geral da República em relação à ação penal do chamado mensalão".

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